Consultas e cirurgias programadas adiadas na Unidade Local de Saúde do Nordeste.
Estas foram as consequências da greve dos enfermeiros, que teve início à meia-noite e se prolonga até amanhã.
A representante em Bragança do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Elisabete Barreira, diz que a adesão à greve no distrito ultrapassa os 80 por cento.
“Os enfermeiros estão a aderir em massa contra as propostas governamentais que vêm degradar as nossas condições de trabalho, nomeadamente no turno da noite tivemos uma adesão de 88 por cento de enfermeiros, no turno da manhã estamos a 86,5 por cento com vários serviços condicionados”, salienta a enfermeira.
A greve dos enfermeiros está, segundo o sindicato, a causar constrangimentos em vários serviços de saúde. Ainda assim os serviços mínimos estão garantidos.“O Bloco Operatório está a 95 por cento, o serviço de urgência está a 100 por cento.
Os serviços cirúrgicos e traumatologia também está a 100 por cento. Nas consultas externas temos 90 por cento de adesão à greve, só está a funcionar a consulta de estomatologia”, enumera Elisabete Barreira.
Os enfermeiros lutam por melhores condições salariais e contestam o aumento do número de horas de trabalho.“Primeiro acabar com a discriminação que existe na classe de enfermeiros, os contratados fazem 40 horas e os funcionários públicos 35 horas, reivindicamos a actualização salarial que ainda não foi feita e também não aceitamos o aumento dos funcionários públicos das 35 para as 40 horas semanais”, realça a representante do SEP em Bragança.
Os enfermeiros iniciaram hoje uma greve de dois dias, que está a causar constrangimentos nos serviços de saúde do distrito de Bragança.
Escrito por Brigantia (CIR)