“Histórias da história de Macedo de Cavaleiros”
Este foi o título escolhido para a atividade realizada pela Associação Terras Quentes.
No passado dia 17 o tema centrou-se na importância de Martim Gonçalves de Macedo na história local e nacional.
“A importância de Macedo de Cavaleiros na arqueologia nacional” foi o tema escolhido para o sábado passado, dia 24.
Carlos Mendes, presidente da associação, explica o que aconteceu e o que se pretendeu nas duas sessões.
“Pretendeu-se na primeira atividade contar a história de Macedo de Cavaleiros. As pessoas têm a ideia errada, pensam que Macedo tinha 150 anos de história e que a história de Macedo começou com a criação do concelho mas isso, obviamente, não é verdade. A arqueologia puxa-nos para trás 30 mil anos mas na sessão do dia 17 aquilo que se pretendeu foi divulgar a história de Macedo de Cavaleiros nos últimos 600 anos. Esta história proporcionou divulgar uma figura que é um herói nacional, Martim Gonçalves de Macedo. Hoje fizemos um balanço da nossa atividade, nos últimos 11 anos, sobre a arqueologia que puxa a história do concelho muito mais para trás. Já intervencionamos 19 sítios arqueológicos em Macedo de Cavaleiros.”
O presidente acrescenta ainda que o espólio para o Museu da História de Martim Gonçalves de Macedo e o Museu de Arqueologia está pronto para ser exposto.
“Da nossa parte, Associação Terras Quentes, temos pronto todo o espólio para ambos os museus. Estamos a aguardar que as obras iniciem, em princípio iniciaram muito brevemente. Ainda esta semana houve uma reunião com os empreiteiros das obras. Pensamos que, no mais tardar, até ao final do ano somos capazes de ter mais dois museus em Macedo de Cavaleiros.”
“É fundamental criar o Museu de Arqueologia e o de História”.
A afirmação é do orador da sessão, João Carlos Martinez – Investigador do Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, que frisa a importância destes dois museus para o enriquecimento do concelho a todos os níveis.
“É fundamental criar o Museu de Arqueologia, como é fundamental criar o Museu de História. São duas partes importantes. Espero que se concretizem as candidaturas que estão aprovadas. São dois polos de visita em Macedo, não se trata de musealizar um sítio numa freguesia rural e de difícil acesso, trata-se de criar mais dois polos em Macedo que se juntam ao Museu de Arte Sacra e permitem criar na própria cidade pequenos circuitos culturais que podem sustentar o turismo de habitação, turismo rural, a restauração. Essas coisas precisam disto para viver, precisam que as pessoas venham, visitam, conheçam e vivam os sítios. É preciso mais do que por um marco de concelho com a figura de um cavaleiro, é muito interessante como marketing do concelho, e depois o concelho oferece o quê culturalmente? Precisa destas outras coisas para oferecer. É fundamental investir nisto quando os níveis de investimento são, em relação a outras coisas, relativamente baixos.”
“Sábados à conversa” tiveram lugar no Museu de Arte Sacra.
O objetivo destas atividades foi divulgar e promover a história de Macedo de Cavaleiros.
Escrito por Onda Livre