A presidente da câmara de Alfândega da Fé exige que o Fundo Social Municipal seja reforçado.
Por causa dos cortes que o Governo tem feito nas áreas social e de saúde, cada vez mais pessoas recorrem à autarquia para obter uma resposta aos seus problemas.
Berta Nunes entende que os municípios estão a assumir competências que não lhe foram delegadas e por isso diz que para ajudar todos os que lhe batem à porta é preciso mais recursos.
“Os municípios sempre disseram que estavam disponíveis para ter mais competências mas estamos a tê-las sem estarem delegadas formalmente mas estamos de facto a assumi-las”, afirma. “Estamos a falar de uma série de apoios que eram dados em conjunto pelos ministérios da saúde e da segurança social e agora as pessoas estão a vir à autarquia a pedir esses apoios, o que nos leva a dizer que é urgente que as autarquias vejam os seus fundos reforçados”, acrescenta.
O Fundo Social Municipal é obtido através das transferências do Estado para as autarquias que tem vindo a sofrer cortes nos últimos anos.
Berta Nunes considera que é preciso reforçá-lo porque grande parte das verbas são gastas na educação.
“O fundo não é suficiente porque só o apoio que estamos a dar na área da educação, em termos de alimentação, transportes e manuais ultrapassa as verbas desse fundo”, explica a autarca. “O fundo é manifestamente insuficiente e é preciso reforça-lo, precisamos de ter mais recursos”, salienta.
A autarca acredita que depois das eleições este tema terá de ser debatido com o Governo sob pena da situação social se agravar no país.