O possível encerramento de nove das 12 repartições de finanças no distrito de Bragança está a causar descontentamento entre a população.
O Governo coloca em cima da mesa uma nova restruturação de serviços públicos e a proposta passa pela redução da rede em 75 por cento.
Neste rol de encerramentos, apenas Bragança, Mirandela e Vila Flor são escapam a esta matéria de reorganização.
Algo que preocupa os cidadãos, que dizem que a ideia é fazer desaparecer o interior do país.
“Estamos mal e bem mal, mas eles é que tem a faca e o queijo na mão, a nossa palavra não conta nada, já não nos dão voto na matéria. Se fecharem tudo depois vamos todos para Lisboa”, sublinha.
Eu acho que Macedo vai acabar, já estamos quase numa aldeia, vai ficar pior. E quando vemos que cada vez que vamos às finanças e nos deparamos com filas enormes, é incompreensível que as fechem. Eu acho que quem de direito devia fazer alguma pressão e nós todos para tentar que fiquem abertas”, refere, acrescentando que “para nós comerciantes acho que é melhor fechar portas”, frisa.
Recordo que em 2012, o então Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Feliciano Barreiras Duarte afirmou em entrevista à Onda Livre que, como contrapartida, a solução passava pela criação de infraestruturas, como “balcões e lojas do cidadão por todo o país”.
Teresa de Jesus, uma transmontana septuagenária, não sabe como vai fazer se tiver que se deslocar a outros concelhos para tratar de assuntos relacionados com o fisco.
“Não estou de acordo. E se fechar aqui tenho de ir a Bragança ou a Mirandela, e que, como eu, não tem transporte, como faz!?”, realça com tom de desânimo, Teresa de Jesus. “Um reformado a ganhar 100/200 euros, e ainda ter que fazer viagens, eu acho muito mal tudo isto”, constata.
Depois dos tribunais, o capítulo da história dos serviços públicos diz agora respeito às repartições de finanças. Na lista a fechar portas estão, Alfandega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro, Torre de Moncorvo, Vimioso e Vinhais.
Escrito por Onda Livre
Mais uma indignada com este descalabro os senhores autarcas dependentemente da cor politica que se unam e junto da população lutem pela desertificação do interior cada vez menos e a quererem acabar com os poucos existentes deixem os serviços a funcionar as pessoas de idade precisam de ajuda e não quem lhes trame a vida.