Os concelhos periféricos do distrito de Bragança ficarão de fora do raio de ação do helicóptero do INEM, se este foi transferido para o distrito de Vila Real.
Com o helicóptero em Vila Real, Miranda do Douro é um dos concelhos que fica de fora do raio de ação do meio aéreo de emergência médica e o que sairá mais prejudicado caso o helicóptero saia de Macedo de Cavaleiros, como sustenta o autarca, Artur Nunes.
“Esse é um dos problemas do nosso concelho. O concelho de Miranda do Douro fica muito prejudicado, o transporte de doentes para Bragança é muito moroso e temos que ir por Espanha.
Se nos cortam mais opções ficamos claramente prejudicados”.
Os 12 presidentes de câmara do distrito de Bragança estão unidos na defesa pela manutenção do helicóptero do INEM em Macedo de Cavaleiros.
Após conhecida a decisão do Supremo Tribunal de Justiça, que rejeitou o recurso dos autarcas, e deu luz verde ao INEM para retirar o meio do Nordeste Transmontano, sem perder tempo, os presidentes de câmara avançaram com uma nova providência sob a forma de ação popular, que foi aceite pelo magistrado no Tribunal Administrativo de Mirandela e sobre a qual se aguardam novos desenvolvimentos.
Artur Nunes, para já não coloca a hipótese dos habitantes do concelho terem que vir a ser socorridos pelos meios espanhóis e reitera que existe um compromisso do Governo para com o distrito que tem que ser honrado.
“Vamos ter que avaliar a melhor solução para nós, mas acreditamos que a providência cautelar possa ter o seu benefício uma vez que o Estado celebrou um contrato connosco.
Se assinou tem que cumprir. O contrato tem varias cláusulas uma delas é a permanência do helicóptero em Macedo.”
Mogadouro é outro dos concelhos que pela sua localização geográfica fica de fora do raio de ação do helicóptero e que poderá sofrer uma machadada no esquema de emergência médica caso o meio vá para Vila Real.
“Sabemos que parte do concelho de Mogadouro fica sem cobertura, o que nos deixa muito desagradado e daí a nossa indignação”.
O autarca, Francisco Guimarães não tem dúvidas que é em Macedo de Cavaleiros que o helicóptero tem que permanecer.
“Mogadouro fica geograficamente deslocado e a partir do momento que ele vai ser sediado em Vila Real temos conhecimento que parte do concelho fica sem cobertura aérea.
É uma grande preocupação nossa já era do anterior presidente e se está em Macedo é aqui que deve continuar”, frisa o autarca.
Nem a chuva demoveu os populares e de Mogadouro vieram dois autocarros para se juntarem ao protesto pela permanência do meio aéreo de socorro deste sábado.
O INEM e o Governo advogam que o helicóptero deve estar sediado em Vila Real, no entanto, a voz do povo quer ser ouvida e impedir que esta decisão se concretize.
Escrito por Onda Livre