Quatro empresas da terra quente transmontana receberam ontem a placa da marca «World Adventure Partner» (parceiros do mundo aventura) e fazem agora parte de uma rede de destinos turísticos vocacionados para os desportos de aventura na natureza.
Deste projeto de cooperação interterritorial resultou a qualificação de mais de 270 técnicos de turismo e a certificação de equipamento das 31 empresas aderentes, cinco das quais pertencentes ao distrito de Bragança.
Para a autarca de Alfândega da Fé e membro da direcção da Associação de Desenvolvimento da Terra Quente (DESTEQUE), Berta Nunes, sem este trabalho não existiria a oferta de turismo que há hoje na região.
“Isto é muito importante, porque se não existisse este projeto certamente não teríamos empresas qualificadas e formadas, nem técnicos formados.
Assim estaríamos a desperdiçar recursos. Temos potencial no turismo ativo, aproveitando a natureza, a nossa paisagem, agora até coma barragem do Sabor, para os desportos náuticos.
Sem isto não conseguiríamos fazer aquilo que já está neste momento no terreno a ser feito, e que vai ser, certamente, melhorado e aprofundado.”
A apresentação dos resultados deste projeto decorreu, em Alfândega da Fé.
Em aberto está a possibilidade de uma nova candidatura para relançar o projeto, onde novas empresas podem encontrar o seu ponto de viragem.
Vítor Bebiano, responsável pela empresa MAPAVENTURA, situada em Alfândega da Fé, diz que foram inúmeras as vantagens de ter aderido a esta rede de cooperação.
“Para já, é uma mais-valia em termos técnicos. A nível de formação, nós recebemos vários workshops que melhoraram as nossas condições de atuação.
Depois, a troca de experiências, e pensarmos que daqui podem vir mais clientes para a nossa empresa.
Começamos a pensar as atividades de outra forma, que se calhar até ali não eram tão cuidadas, e só isso já é uma grande mais-valia.”
“Qualificação do Turismo Ativo” assenta em quatro grandes eixos de capacitação: qualificação das empresas, dos recursos humanos do equipamento e promoção da marca.
Também o responsável pela Academia de Montanha- Ecopark Azibo, em Macedo de Cavaleiros, Artur Cardoso, considera que este projeto pode ditar o sucesso das empresas desta área.
“Acho que é fundamental.
Fará a diferença entre se sobrevivemos num contexto internacional, numa indústria cada vez mais competitiva, que é a turística, num setor que é cada vez mais diferenciador em termos de responsabilidade para a capacidade de exportação do país, e com bons resultados.
É fazer com que os ganhos de escala que podem daqui sair aconteçam ou não aconteçam.”
Projetos apoiados no âmbito da abordagem LEADER nos Programas de Desenvolvimento Rural do Continente (PRODER).
Com isto, as empresas aderentes terão agora uma porta aberta para novos mercados a nível mundial e a possibilidade de uma melhoria global no modelo de trabalho, além de uma maior visibilidade.
Escrito por ONDA LIVRE