“Um hospital sem urgência é um hospital ferido”.
As palavras são do coordenador da comissão de saúde municipal e surgem na prossecução das notícias que davam conta do possível encerramento do serviço.
Sabemos, entretanto, que o autarca de Macedo de Cavaleiros recebeu a garantia do Governo de que não haverá quaisquer mexidas no serviço de urgência.
José Madalena insurge-se contra o encerramento de serviços e adverte para a falta de recursos humanos, nomeadamente para a área da medicina interna.
“A Comissão de Saúde continua a achar que a urgência de Macedo se justifica.
Apesar de ter havido uma melhoria nas acessibilidades com a abertura ao tráfego da A4, mas para um interior profundo e com todos os concelhos que drenam para a urgência de Macedo de Cavaleiros, este serviço continua a ser importante.
Temos noção perfeita que um possível encerramento desta urgência vai subcarregar, nomeadamente, a urgência de Bragança, que em alguns momentos já se revela incapaz, ou com dificuldade, todos os pedidos que lhe aparecem.
Neste momento o hospital de Macedo tem alguns problemas, como a falta de pessoal médico.
É preciso olhar para isso com atenção, para que o serviço não venha a perder qualidade no futuro, e para podermos manter estes patamares altos a que já nos vem habituando.”
Outro facto a realçar prende-se com os utentes dos concelhos limítrofes que drenam para a urgência de Macedo.
Um número que ascende às 20 mil pessoas.
José Madalena afirma categoricamente que o serviço de urgência em Macedo de Cavaleiros é um bem do qual não se pode prescindir.
“No nosso entendimento, de uma forma unânime, a Comissão de Saúde considera que se justifica manter a urgência de Macedo de Cavaleiros, e repor níveis que entretanto foram perdidos, como pessoal médicos de medicina interna. Neste momento estamos a funcionar com números muito baixos.
Mesmo a questão das análises clínicas, que nos foram retiradas há uns tempos atrás, que não funcionam entre sexta-feira e segunda-feira.
Por toda a gente que vamos auscultando, sabemos que é um constrangimento muito grande ai funcionamento do serviço. Devia ser revisto, para voltarmos aos níveis anteriores, em que efetivamente havia alguém de prevenção para assegurar esses serviços ao fim-de-semana.”
Vozes que davam conta de que o serviço de urgência da Unidade Hospitalar de Macedo de Cavaleiros podia ter os dias contados foram agora refutadas.
Outras vozes se levantaram para afirmar a sua imprescindibilidade, com a garantia de que não irá fechar portas ou reduzir, sequer, o horário de funcionamento.
Escrita por ONDA LIVRE