O comandante do banco do Macedense aponta farpas ao desempenho das equipas de arbitragem da III Divisão de Futsal.
O jogo que levou o Macedense a casa do Desportivo das Aves ainda faz correr tinta, mesmo depois de vários dias volvidos.
O motivo não é o marcador final, com o Macedense a sair derrotado por 8-2, mas sim a arbitragem, à qual mister Costinha aponta graves falhas, que poderiam ter colocado em risco a integridade física de um dos atletas da turma macedense.
“Vimos de um jogo com atitudes muito estranhas.
Um jogo que, à partida, estava entregue ao adversário, pelo menos é a ideia clara da equipa de arbitragem. Se há jogo em que ficou claro que o Macedense não podia ganhar foi o do Desportivo das Aves. Nós estivemos a ganhar e percebemos isso com o decorrer do tempo.
Eu, por exemplo, fui expulso, ao fim de dez minutos de jogo, por defender um jogador de 17 anos, que estava caído no chão. Ninguém ligava. E por chamar a atenção para que o jogo devia ser interrompido, fui expulso.
O jogo não foi parado.”
O treinador do Macedense diz que os casos na arbitragem se têm vindo a suceder e deixa a pergunta sobre o que poderia ter acontecido ao jovem jogador, que caiu no terreno do jogo e ao qual não foi prestada qualquer assistência imediata.
“Eu gosto de lidar com dados objetivos.
Tivemos um árbitro de Bragança a apitar os nossos jogos em casa. Sempre que fui jogar fora, como a Braga, Viseu, Porto e Vila Real fomos sempre apitados por árbitros da terra. E recorrentemente há casos.
Este jogo foi por demais, porque estamos a falar de estar em causa o bem-estar físico e podia estar em causa uma lesão grave de um jogador.
Eu vou recordar que o Pedro, aos dez minutos de jogo, teve de ser assistido, e o árbitro nunca sequer olhou para o jogador nem se preocupou com ele. Como é que ele a 20 metros de distância foi capaz de avaliar a situação.
Eu perguntei à Federação Portuguesa de Futebol como é que é possível estas situações acontecerem.
E se o atleta precisasse de uma prestação de cuidados imediata? Se o bem-estar dele, a vida dele, dependesse de uma prestação de cuidados nos minutos logo após a lesão?”
Costinha expressou a sua indignação à Federação Portuguesa de Futebol, que prometeu averiguar o acontecido. Considera que o resultado do jogo foi posto à frente do atleta.
“O jogo teve observação.
O Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol respondeu à minha exposição, a dizer que iria agir em conformidade.
Esperemos que o observador tenha relatado isso. Ele estava indignado também, porque são situações em que o bom senso e a educação das pessoas, mais do que a formação específica dos árbitros, manda intervir.
Continua a indignar-me. Leva uma pessoa a pensar se deve andar nisto, e a patrocinar isto, com a sua presença.
Mas não é por aqui que eu me queixo. Queixo-me é quando põe em causa a dignidade, para além da parte física, o bem-estar, a saúde, a própria vida dos atletas se põe em causa pela resultado.”
Erros sucessivos na arbitragem a culminar com uma falha que poderia por posto em causa uma vida – é esta a posição do treinador Costinha, que se insurge sobre os senhores do apito, em especial os que presidiram à visita do Macedense ao Desportivo das Aves.
Escrito por ONDA LIVRE