O vila-realense Gil Couto é o novo técnico do Vila Flor.
Gilberto Gomes já não integra a equipa técnica, e será Gil Couto, que já passou pelo Portimonense e pelo Leiria, a orientar a equipa na segunda volta do campeonato, onde lutará pela manutenção.
André Morais, presidente do clube, afiança que não se tratou de uma chicotada psicológica, mas sim de uma necessidade de mudança interna.
“É o Gil Couto. Ele é de Vila Real e trabalhou nas últimas épocas com o Vítor Fontes, no Portimonense, depois na União de Leiria e mais recentemente o Chibuto, em Moçambique.
Não, não foi exatamente uma chicotada psicológica. Aliás, o próprio Gil Couto foi claro quanto a isso quando foi contratado. Não é tanto uma chicotada psicológica, é mais uma chicotada metodológica.
As coisas não estavam a correr bem, e nós entendemos que nesta fase, a uma semana de entrar na fase decisiva do campeonato, que seria altura para mudar, para romper com métodos, para mudar radicalmente a forma como se estava a trabalhar.
Não que estivéssemos descontentes com a forma como trabalhava o Gilberto, gostávamos bastante dele. Mas as coisas não estavam a resultar. Nestas alturas é sempre mais fácil mudarmos o treinador e os métodos, as ideias e os discursos, do que trazer mais 20 jogadores que se pudessem adequar aos métodos do Gilberto.”
Postas ficam de parte quaisquer hipóteses de a saída de Gilberto Gomes se ficar a dever a algum descontentamento por parte do Vila Flor para o trabalho que desenvolveu enquanto treinador.
“Não teve a ver com a pessoa ou com alguma dúvida em relação à competência do Gilberto Gomes, só que às vezes as peças do puzzle não encaixam. E não estavam a encaixar. Havia aqui alguma falta de entendimento, algumas coisas não resultavam.
Trabalhava-se muito, trabalhava-se bem, até. Mas as coisas não resultavam.
Portanto, entendemos que devíamos fazer uma ruptura total e escolher um perfil de treinador que fosse completamente diferente do do Gilberto Gomes, porque o perfil do Gilberto não nos serviu para amealhar mais pontos.
Não significa que o perfil do Gil seja melhor do que o do Gilberto, nem pior, mas é, seguramente, diferente. E se o primeiro não resultou vamos tentar que resulte o segundo.
Eventualmente terá uma maior pedagogia, o que me parece importante para lidar com um plantel que tem na sua maioria idades compreendidas entre os 19 e os 22 anos de idade. Ao fim ao cabo foi isso, foi dar um choque, uma refrescada.”
Apesar de todas as adversidades atravessadas pela turma vila florense na primeira volta da série C, André Morais continua a achar que a manutenção pode ser uma realidade.
“Não estou nem muito nem pouco confiante.
Acredito que é possível o Vila Flor não descer de divisão. Porque entraremos na segunda fase única e exclusivamente de nós. E isso dá-nos aqui algum conforto moral, alguma verba psicológica, para encarar com ótimos as jornadas que faltam.
Agora é esperar. Ainda é muito cedo para avaliar o trabalho do Gil, como é óbvio.
Por isso agora vamos ver como a equipa evolui e como assimila as ideias dele.
A recetividade dos trabalhadores para o trabalho. Vamos ser se as coisas resultam e se têm tradução em pontos.”
O Vila Flor entrará na nova etapa, para disputar a não descida, com um novo comandante técnico. É ele Gil Couto, que veio substituir Gilberto Gomes e trazer frescura ao clube nordestino.
Escrito por ONDA LIVRE