Murça prepara protesto contra encerramento de serviços na região

O Tribunal de Murça poderá vir a encerrar portas já no mês de setembro.
Um equipamento moderno e propriedade do Ministério da Justiça, construído na década de 90, que custou aos cofres do estado 2,5 milhões de euros.
Pedro Silva Pereira e Agostinho Santa, acompanhados por José Maria Costa, presidente da Câmara Municipal de Murça, tiveram a oportunidade de visitar as instalações do tribunal de Murça, onde também funciona a repartição de finanças, o cartório e a loja do cidadão de terceira geração, onde manifestaram a sua solidariedade com a população de Murça perante a ameaça constante de encerramento de serviços no concelho.
População mais longe dos serviços públicos e pior prestação ao público são as preocupações do presidente da Câmara de Murça, José Maria Costa, perante aquilo que se diz ser “a vaga de encerramento de serviços e o fechar da porta dos territórios do interior”.

José Maria Costa não esconde o seu descontentamento e preocupação com esta medida do Governo Português. “Nós, no interior, estamos a ser confrontados com medidas que não favorecem a fixação das populações. Murça é um território atrativo e aquilo que cá temos e que nos pode ajudar é fundamental para o nosso desenvolvimento, nomeadamente o tribunal e outros serviços. Esta questão é uma agonia para as pessoas. São postos de trabalho que se perdem e com os quais os munícipes estavam habituados a lidar. Tenho dúvidas sobre a qualidade dos serviços alternativos pela tutela”, afirmou o presidente do execitivo.
Em comunicado, a autarquia de Murça revelou que alertou os deputados pelo facto de o número de processos existentes no tribunal de Murça excede os 250 por ano, questionando-se desde logo pela base a aplicação desta medida.

Com o encerramento do tribunal todos os cidadãos e empresas de Murça que pretendam recorrer à justiça terão que passar a fazê-lo em Alijó, Vila Real, ou Chaves, acarretando com todos os custos de deslocação e suportando todos os inconvenientes que daí decorrem.
“O interior e o concelho de Murça em particular, não pode prescindir destes serviços, tendo em atenção a nossa população muito envelhecida e a deficiência de transportes público”, frisa o comunicado enviado à redação da Onda Livre.
Assim sendo, a Câmara Municipal de Murça repudia veemente esta decisão, a qual se sabe baseada apenas em critérios economicistas que desprezam as mais elementares necessidades das pessoas e, por tal, empenhará todos os esforços para que ela seja revogada.
Neste sentido, vai ser realizada uma manifestação pública, pela manutenção do tribunal e dos serviços de finanças em Murça, no  próximo dia 28 (sexta-feira), pelas 10h00, junto ao Jardim da Porca de Murça.

Escrito por ONDA LIVRE