O Movimento Cívico pela Linha do Tua (MCLT) irá promover, no próximo dia 15, um raide de Intervenção denominado Entrar na Linha.
O percurso está definido entre a estação de Carvalhais e a estação do Romeu, no concelho de Mirandela.
O objetivo é interceder diretamente na Linha do Tua, como explica Daniel Conde, presidente do Movimento Cívico pela Linha do Tua.
“Vamos arregaçar as mangas, vamos passar das palavras aos atos, e vamos promover um modelo de intervenção direta dos próprios cidadãos, da comunidade local e de todos os que queiram participar de fora da região.
Vai consistir então na limpeza das estações e também na recuperação dos marcos quilométricos da Linha do Tua que ainda estejam no local. Vamos limpá-los, vamos pintá-los. E vamos colocar réplicas dos PK’s que já não se encontrarem lá.
Vamos começar na estação de Carvalhais, e vamos avançando até à estação do Romeu. No final deste percurso, promoveremos um debate com o tema “Linha do Tua, por que não?”
Os participantes vão poder usufruir de um passeio, ao mesmo tempo que são convidados a recuperar alguns PK’s, gíria ferroviária para marcos quilométricos, que são únicos no país.
Daniel Conde dá conta de que no debate promovido no final, os intervenientes irão saber mais sobre a Linha do Tua, sobre a sua requalificação e sobre os preços das viagens entre as diversas estações, com base em estudos realizados pelo próprio.
“Sempre que se discute, não só a Linha do Tua, mas a ferrovia em geral na nossa região e no distrito de Bragança e em Trás-os-Montes, incluindo o Corgo e no Douro, a questão que se colocou foi sempre porquê ter estas linhas, este comboio e este serviço.
Agora nós queremos fazer a pergunta ao contrário. Mas por que não? Por que é que os transmontanos não podem ter acesso a um serviço ferroviário público?
E então mostraremos alguns factos inúmeros sobre a reabertura da Linha do Tua, quanto custaria reabri-la, quanto custaria uma viagem entre qualquer uma das estações da Linha do Tua. Nós vamos levar um preçário.”
Este será o primeiro de mais eventos.
No futuro, Daniel Conde espera ser possível propor às Câmaras de Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Bragança um modelo de rota de interpretação, em alternativa ao modelo mais usual de conversão em ciclovia.
“Um dos principais objetivos vai ser depois propor às Câmaras Municipais de Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Bragança, e à REFER, não o modelo de ciclovia, mas o modelo de rota de interpretação.
O que é que é esta rota de interpretação? É um modelo que está também a ser aplicado, por exemplo, na Rota dos Túneis, que era a ligação de 70 quilómetro entre a linha do Douro e a Linha que vai desde Fuentes de Oñoro até Salamanca. Ou seja, ligava diretamente o Porto a Salamanca.
As pessoas, através de mão-de-obra voluntária, e através de donativos, estão a recuperar essa linha, a preservá-la, às estações e ao canal, para manter tudo vivo sem recorrer ao modelo demasiado oneroso que é a ciclovia.”
Um percurso de nove quilómetros a realizar dia 15 deste mês, entre Carvalhais e o Romeu, para meter mãos à obra pela Linha do Tua.
É o que propõe o Movimento Cívico pela Linha do Tua.
As inscrições para participar nesta acção terminam amanhã e pode fazê-lo através do Facebook do Movimento Cívico pela Linha do Tua ou através do site linhadotua.net.
Os participantes terão ainda direito a uma surpresa para recordar este I Entrar na Linha.
Escrito por ONDA LIVRE
Não faltem! Inscrições gratuitas até quarta-feira.
Quem não fizer a inscrição poderá comparecer na mesma – não terá é direito a duas surpresas reservadas aos inscritos!
Inscrições no site do Movimento Cívico pela Linha do Tua, e na página do facebook do MCLT!