É imperiosa a continuidade de médico de família na Extensão de Saúde de Palaçoulo

A freguesia de Palaçoulo está há mais de um mês sem os cuidados do médico que duas vezes por semana,  se deslocava a esta aldeia do concelho de Miranda do Douro para dar consultas.

Um facto que tem criado alguns constrangimentos aos cidadãos que tem batido com o nariz na porta ao se deslocar à Extensão de Saúde de Palaçoulo.

O secretário da Junta de Freguesia, Rogério Claro enfatiza a imprescindibilidade deste serviço que se justifica numa freguesia com mais de 500 habitantes, com várias industrias e uma grande taxa de empregabilidade.

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“Procurámos esclarecer as populações, porque neste momento estão a chegar junto da Junta de Freguesia, a pedir esclarecimento, e nós não sabemos, exatamente, o que dizer.

Sabemos que um médico é fundamental nesta localidade porque dista a 23 quilómetros do Centro de Miranda do Douro e muitas pessoas não têm transportes próprios. E causa transtorno, nomeadamente nos operadores fabris que existem na localidade. Deslocando-se a Miranda, teriam que perder praticamente o dia inteiro.

O médico deve estar junto das populações para um melhor acompanhamento”, frisa.

A Palaçoulo para as consultas de rotina deslocam-se também utentes das freguesias circundantes.

Rogério Claro é peremptório ao criticar as decisões tomadas pelo poder central, e que vem descaracterizando o interior do país.

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“Não só para a população de Palaçoulo, mas neste caso também para a da união de freguesias de Silva e Águas Vivas, estes utentes também se deslocam à extensão do Centro de Saúde de Palaçoulo para receberem cuidados médicos.

É um serviço imprescindível para as populações. E a Junta de Freguesia manifesta aqui a sua opinião relativamente aos outros recursos, nomeadamente à educação, que têm vindo a ser tirados nestas zonas do interior nos últimos anos.

De facto, as populações começam a ficar desagradadas com esta escassez e falta de recursos do interior do País”, constata Rogério Claro.

A Rádio Onda Livre contactou a ULS do Nordeste, que sobre este caso disse estarem a ser tomadas as diligências para a sua resolução o mais breve quanto possível.

Na resposta pode ler-se que, quanto à disponibilidade de médico para a realização de consultas regulares em Palaçoulo, “a Unidade Local de Saúde do Nordeste se deparou com uma baixa de dois médicos do quadro do Centro de Saúde de Miranda do Douro, onde está integrada a referida extensão, um deles por motivo de falecimento e o outro por ter solicitado a exoneração de funções.

A entidade de saúde avançou ainda que, “de acordo com os recursos humanos disponíveis neste momento na área clínica, a ULS Nordeste está a avaliar a solução mais adequada para que a Extensão de Saúde de Palaçoulo possa contar com a deslocação regular de um médico, tal como acontecia até aqui, no mais curto espaço de tempo possível”.

Escrito por ONDA LIVRE