Um indivíduo de 50 anos foi, ontem, detido pela PSP de Mirandela depois de ter semeado o pânico no interior do Tribunal Judicial, quando ameaçou agredir as funcionárias do Ministério Público com um machado.
Ao que apuramos, o homem terá manifestado a sua revolta com o desenrolar de um processo que envolve familiares e que decorre naquela comarca.
Um homem entrou no tribunal de Mirandela munido de um machado e ameaçou os funcionários do Ministério Público. Depois de constituído arguido sai em liberadade com o termo de identidade e residência e aguarda julgamento.
O caso aconteceu ao início da tarde. Manuel Francisco Valongo, conhecido no meio como Chico de Quintas, residente em Cabanelas, concelho de Mirandela, entrou no tribunal e dirigiu-se ao gabinete do Ministério Público. Munido de um machado, fechou a porta e terá ameaçado os funcionários.
Ao que apuramos, o homem terá manifestado a sua revolta com o desenrolar de um processo que envolve familiares e que decorre naquela comarca
No entanto, uma das funcionárias teve o “sangue frio” necessário para dialogar com o indivíduo, convencendo-o a abrir a porta. Nessa altura, solicitou à secção da secretaria do tribunal para avisarem as autoridades.
Por coincidência, encontravam-se dois efetivos da GNR, no tribunal, que se aperceberam da situação e conseguiram agarrar o homem e retirar-lhe o machado. De seguida, chegaram os agentes da PSP que o detiveram e levaram para a esquadra onde foi alvo de um primeiro interrogatório e constituído arguido, com o caso a seguir para o Ministério Público.
Ao que apuramos, o indivíduo em causa, sofre de problemas psicológicos e já foi protagonista de vários episódios de ameaças em outros serviços públicos, nomeadamente na repartição de finanças e no Instituto de Reinserção Social.
Este episódio acaba por trazer para a praça pública a discussão em torno da falta de segurança do tribunal de Mirandela.
Até há dois anos atrás, tinha um porteiro de serviço durante o horário de expediente, mas depois da sua morte nunca mais foi preenchida essa vaga de vigilante.
Escrito por Terra Quente (CIR)