Após o serviço de urgência, e do helicóptero do INEM, falando da área da saúde, surgem agora especulações sobre a manutenção da Unidade de Cuidados Continuados em Macedo de Cavaleiros.
Integrada na Unidade Hospitalar, é a única Unidade de Convalescença que ainda resiste no distrito de Bragança, e que consequentemente faz com que doentes a precisar de cuidados por um período de tempo igual ou superior a 30 dias, drenem para este serviço.
O alerta para este possível encerramento chega do coordenador da Comissão de Saúde Municipal.
José Madalena realça a necessidade desta unidade que diz ter lotação esgotada e prestar serviços de excelência.
“Corriam alguns rumores aqui pela cidade de Macedo, e até junto aos trabalhadores do nosso hospital, que poderia haver a deslocalização do serviço de convalescença.
Eu nem posso crer que isso tenha algum fundamento. É um serviço de ótima qualidade, de excelência mesmo, que está lotado. Custou aos contribuintes portugueses qualquer coisa como dois milhões de euros em 2009, ano em que foi inaugurado.
O nosso distrito tem necessidade de lugares de convalescença porque os normativos apontam para cerca de 24 camas por 100 mil habitantes.”
Nesta valência, os utentes tentam recuperar a autonomia e a executar as tarefas diárias, e superar as limitações impostas pela doença, e onde se tenta dar mais qualidade de vida aos doentes terminais.
A UCC de Macedo de Cavaleiros, atualmente dispõe de 18 lugares para convalescença e seis para os cuidados paliativos.
José Madalena vai mais longe e sustenta que urge aumentar a capacidade de resposta da UCC.
“A Unidade de Convalescença de Macedo de Cavaleiros é a única no distrito.
Segundo esse rácio (24 camas por 100 mil habitantes), esses lugares até são insuficientes.
E, portanto, não me parece que tenha qualquer tipo de fundamento pensar em encerrar ou deslocalizar um serviço público de excelência e que funciona muito bem na Unidade Hospitalar de Macedo de Cavaleiros.
Não quero acreditar que isso tenha qualquer tipo de fundamento porque caso o tivesse mereceria a nossa viva contestação.
A Unidade de Convalescença funciona, basicamente, para doentes que estão em recuperação por períodos prolongados, tipicamente superior a 30 dias.
Ora, o nosso distrito e o país têm carências neste tipo de lugares.
No distrito de Bragança só Macedo de Cavaleiros é que tem esta unidade.”
A unidade que sofreu uma intervenção em 2009, inicialmente estava apenas prevista ser para prestar cuidados de convalescença, mas que foi depois alargada aos cuidados paliativos.
Obras, que na altura custaram cerca de dois milhões de euros ao bolso dos contribuintes.
Informação ONDA LIVRE