Delegação da ASAE de Mirandela pode ser deslocalizada

A delegação de Trás-os-Montes e Alto Douro da ASAE, sediada na Quinta do Valongo, em Mirandela, pode vir a sair para outra localidade do distrito de Bragança.

A denúncia parte da concelhia do PS de Mirandela revelando que esta possível deslocalização da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica tem a ver com a pesada renda paga pelo Ministério da Economia ao Ministério da Agricultura pelo edifício onde trabalham 13 funcionários.

Os socialistas garantem que já houve autarcas a oferecer instalações gratuitas para receber esta delegação.

Entretanto, o presidente da câmara de Mirandela acusa o PS de especulação, garantindo que a ASAE não vai sair de Mirandela e que o Município está empenhado em arranjar instalações para a delegação. António Branco desconhece se houve ofertas de instalações de outros autarcas, que a acontecer classifica de atitude desleal.

Ainda sobre este assunto, Ana Oliveira, dos serviços centrais da ASAE, apenas confirma que está a ser feito um levantamento a nível nacional das condições das instalações onde funcionam as delegações, mas nada está decidido relativamente a Mirandela.

A delegação da ASAE de MIrandela pode vir a mudar de instalações, mas o autarca de Mirandela garante que o Município vai disponibilizar um espaço para manter a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica na cidade.

Em comunicado, o PS de Mirandela mostra-se preocupado com a possibilidade da cidade poder vir a perder mais um serviço público.

Depois do laboratório de apoio à ativividade agro-pecuária e da desclassificação do tribunal judicial, agora, a ASAE pode ser o próximo.

A delegação de Trás-os-Montes e Alto Douro da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, está sedeada, na quinta do Valongo, desde 2006, na sequência de um acordo entre o Ministério da Agricultura e o Ministério da Economia

O vice-presidente da concelhia rosa, revela que o que está em causa é o valor elevado do arrendamento pago. Perante este impasse, Alexandre Pacheco diz que já houve autarcas de concelhos limítrofes a oferecerem instalações gratuitas para essa deslocalização.

Alexandre Pacheco diz que a autarquia de Mirandela terá de agir rapidamente sob pena da cidade perder mais um serviço público e lamenta que dois Ministérios do mesmo Governo não se entendam nesta matéria chamando ainda a atenção para o esvaziamento que está a acontecer à quinta do Valongo, pertencente à direção regional de agricultura.

O PS de Mirandela garante que vai continuar a lutar pela manutenção e qualificação dos serviços públicos, pela permanência dos funcionários e famílias e pela dignificação de edifícios públicos existentes.

Informação Terra Quente (CIR)