A Comissão de Utentes da A4 agendou para 27 de junho, em Macedo de Cavaleiros, uma jornada de protesto, que inclui um buzinão e o lançamento de uma petição, contra a introdução de portagens na Autoestrada Transmontana.
Em comunicado, a Comissão avança que, o protesto será na rotunda junto ao recinto da feira de São Pedro, na véspera de inauguração do certame, e os organizadores esperam a adesão da população, autarcas, empresários e outros agentes locais.
De acordo com a comissão criada no distrito de Bragança, naquela data será colocada uma tarja com frases de protesto, pedido à população para que buzine e será lançada uma petição a reivindicar que a medida seja travada, argumentando que “uma via portajada é atrasar Trás-os-Montes”.
A subconcessão da Autoestrada Transmontana, que liga Vila Real a Bragança, corresponde à continuação da A4, do Porto até à fronteira.
A Comissão de Utentes da A4 subscreve o argumento, realçando que “a inexistência de alternativas, a par dos indicadores dos indicadores económicos da região abaixo da média nacional, são um fator de peso a considerar, assim como o facto de a A4 não ter em termos técnicos perfil de autoestrada”.
“A introdução de portagens aumentará de forma significativa os custos de deslocação que, direta ou indiretamente, afeta toda a atividade da região”, sustentam os contestatários, vincando que “a intenção manifestada pelo Governo vem contribuir para agravar todos os problemas com que a região se confronta”.
A Comissão de Utentes da A4 lembra ainda que, nos últimos dez anos, o Distrito de Bragança centenas de escolas, dezenas de serviços públicos, aumentar o desemprego e a emigração, retirarem a ligação aérea a Lisboa, encerrar centenas de empresas e acabarem com os apoios à interioridade”.
“Estas medidas, além de acentuarem a desertificação e o despovoamento da região tornam a população mais dependente das vias rodoviárias para aceder aos serviços públicos, cada vez mais concentrados na sede de distrito”, reiteram.
A Comissão de Utentes da A4 promoveu já um buzinão e uma marcha lenta na cidade de Bragança, em 2013, tendo tido amplo apoio da população.
Informação ONDA LIVRE