Cerca de uma centena de pessoas juntaram-se hoje em frente ao Serviço de Urgência Básica do Hospital de Macedo de Cavaleiros para manifestar a sua indignação perante a decisão da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) de acabar com a especialidade de Medicina Interna na Urgência.
Entre populares, profissionais, autarcas e figuras dos vários quadrantes políticos, todos se uniram pela luta contra aquilo que dizem ser mais uma machadada nos serviços de saúde da região.
O protesto foi promovido pela Comissão de Saúde Municipal que vincou estar-se perante algo inédito, em 26 anos de existência desta unidade hospitalar.
O líder, José Madalena diz que esta medida vem agravar ainda mais as dificuldades com que as pessoas se deparam para receber cuidados de saúde e teme pelo esvaziamento deste hospital.
José Madalena sustenta que o número de médicos ao serviço se mantém, e não entende os motivos que levaram o Conselho de Administração a tomar esta decisão, que a todos apanhou de surpresa.
O líder da Comissão repudia o facto da Administração da ULS NE ter dado ordens para o médico internista não fazer quaisquer atendimentos na urgência.
José Madalena espera que a Administração da ULS fique sensibilizada e revogue a decisão, que foi imposta a partir do dia 1 de julho.
A população está determinada em não baixar os braços e mostram a sua revolta perante esta subtracção da especialidade de Medicina Interna para quem acorra à Urgência.
Fátima Trovisco explana uma situação recente que viveu e que necessitou dos cuidados hospitalares locais para frisar a imperiosa necessidade de manter a Medicina Interna ligada à Urgência.
Os funcionários e profissionais de saúde que exercem neste hospital temem pelo seu posto de trabalho e não entendem o facto de dias antes desta tomada de decisão vir a público terem ocorrido nove altas no internamento.
A Comissão de Saúde Municipal deu voz a uma revolta unânime, que juntou populares, forças partidárias e profissionais de saúde, em torno de uma decisão repudiada por todos.