Dificuldades de transporte condicionam acesso à saúde

São inúmeros os entraves com que os transmontanos se deparam diariamente no acesso aos cuidados de saúde.

Fomos ouvir alguns utentes do Centro de Saúde de Macedo de Cavaleiros para saber como fazem para se deslocar em dia de consulta.

Domitília Ramos e José Pereira são dos poucos que têm um meio de transporte próprio.

Ambos apontam a falta de alternativas. E há mesmo quem defenda que a antiga Linha do Tua fazia falta para servir a população.

 

microfone profissional 4 (1)

 

Também a deslocação a unidades de saúde vizinhas representa muitas vezes um problema.

Ana Lopes tem 78 anos e sofreu um AVC.

A juntar a isso, trata cataratas, que lhe afetam a visão.

Atualmente, mesmo com todos os seus problemas, tem que se deslocar sozinha às consultas a Mirandela ou pedir que alguém a acompanhe.

microfone profissional 4 (1)

 

Já o filho paraplégico e diabético de Carolina Augusta deixou de conseguir ir às consultas a Mirandela por não ter dinheiro para pagar a ambulância de transporte.

A magra reforma do filho, por invalidez, mal cobre as despesas da família.

microfone profissional 4 (1)

 

Carolina Augusta mora na Cernadela.

As vindas a Macedo nem sempre são fáceis. Quando não tem boleia, tem que pagar 10 euros a um táxi por cada viagem.

microfone profissional 4 (1)

 

O acesso à saúde continua condicionado para muitos utentes.

A falta de alternativa para as deslocações traduz-se num peso no orçamento familiar, que poucos conseguem comportar.

Refira-se que o Centro de Saúde de Macedo de Cavaleiros serve 16 mil utentes do concelho.

 Informação ONDA LIVRE