A Assembleia Municipal de Bragança aprovou ontem uma moção a exigir a Pedro Passos Coelho que volte atrás na decisão de mandar para a requalificação pelos menos 19 funcionários do Centro Distrital de Bragança da Segurança Social.
A ideia partiu do Partido Socialista e foi aprovada por maioria. O socialista Bruno Veloso defende que os deputados municipais só podem estar contra esta medida, que considera o início de um processo de despedimento.
Bruno Veloso defende que esta medida do executivo PSD é diferente dos excedentários na Agricultura, uma medida implementada pelo Governo socialista. O deputado municipal critica o facto de a Segurança Social estar a dispensar funcionários quando absorve pessoas através dos programas subsidiados pelo Governo.
Ontem pela primeira vez o director do Centro Distrital de Bragança da Segurança Social falou sobre este processo. Martinho Nascimento, que é também deputado municipal pelo PSD, absteve-se na hora de votar esta moção. O responsável, Martinho Nascimento, explicou que com a passagem do Centro de Educação Especial para a Misericórdia os cinco professores deixaram de ter funções na Segurança Social e admite que em Bragança só há lugar para oito dos actuais 22 assistentes operacionais.
Em relação aos assistentes operacionais, Martinho Nascimento assegura que poderão ter lugar por exemplo no Ministério da Educação, mas confessa que poderão ter que se deslocar para outra zona do País.
Atualmente o Centro Distrital de Bragança da Segurança Social tem 190 funcionários, metade daqueles que já chegou a ter em tempos fruto da informatização de grande parte dos serviços prestados à população.
Esta é a segunda moção aprovada contra esta medida. A Câmara Municipal de Bragança já tinha aprovado uma proposta em que pede ao ministro da Segurança Social que volte atrás nesta requalificação de trabalhadores. A moção foi apresentada pelos vereadores do PS na autarquia e foi aprovada por unanimidade na última reunião do executivo.
O vereador socialista, Vítor Prada Pereira, diz que esta é mais uma machada do Governo na região e espera que o ministro que tutela esta área reconsidere esta decisão.
Vítor Prada Pereira entende que a passagem dos funcionários da Segurança Social para a mobilidade deve ser analisada caso a caso, e por isso defende um regime de excepção para Bragança.
O presidente da Câmara Municipal de Bragança garante que está do lado dos trabalhadores. Hernâni Dias diz que esta medida é prejudicial para as pessoas e para o próprio concelho.
A dispensa de 19 funcionários da Segurança Social de Bragança que vão integrar o quadro de requalificação a motivar a união das forças políticas do concelho de Bragança contra esta medida.
Informação CIR (Rádio Brigantia)