As máscaras, os rituais de Inverno do Nordeste Transmontano e a Língua Mirandesa deveriam ser candidatados a Património Imaterial da Humanidade. É esta a ideia defendida por Carlos Ferreira, técnico do Turismo Porto e Norte, em Bragança.
O também investigador, que nos tempos livres faz máscaras artesanais, considera que se deve aproveitar o exemplo do Cante Alentejano e reunir vontades políticas para que também as tradições transmontanas possam ser classificadas pela UNESCO. Carlos Ferreira defende que as máscaras, os rituais de Inverno do Nordeste Transmontano e a Língua Mirandesa devem ser candidatados a Património Imaterial da Humanidade. “Quando o último artesão morrer, e não houver mais ninguém que faça máscaras, vão acabar os rituais”, adianta Carlos Ferreira. “Há dezenas e dezenas de rituais, em toda a região de Trás-os-Montes, e seria algo fantástico para classificar como Património Imaterial da UNESCO”.
Carlos Ferreira defende, ainda, que é preciso incentivar a juventude a apostar no artesanato. E diz mesmo que deviam ser as próprias instituições de ensino a dar esse passo em termos de formação. “Poderiam implementar-se cursos que ensinassem os jovens a fazer o artesanato ancestral”.
Carlos Ferreira expõe as suas máscaras em diferentes espaços culturais. Até 10 de Janeiro tem uma exposição com cerca de cem máscaras no Museu da Terra de Miranda. A partir de 15 de Janeiro a mesma exposição segue para o Centro Cultural Solar dos Condes, em Vinhais.
Imagem retirada de: http://www.welcomenordeste.net/?p=1490
Informação CIR (Rádio Brigantia)