Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros volta a eleições em maio de 2015

Estão mandatadas eleições para a direção da Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros para 17 de maio do próximo ano.

A marcação de novas eleições é o resultado da ação judicial, interposta em abril deste ano, aquando das eleições que levaram a sufrágio 3 listas – a lista A, vencedora, liderada por Luís Rodrigues, com 358 votos; a lista B, com Hélder Fernandes à cabeça, que somou 322 votos; e a lista C, de Carlos Pereira, que registou 83 votos.

A lista B, no entanto, alegou que houve irregularidades e levou o caso a tribunal. Acabou por se chegar a um acordo, que evitou audiência, e vai haver novas eleições, dentro de alguns meses, como explica Hélder Fernandes.

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“Estava marcada para 25 de novembro a audiência no tribunal, para decidir a questão que a lista B para aferir se havia irregularidades no ato eleitoral para as últimas eleições da cooperativa.

Os órgãos sociais da cooperativa vieram propor um acordo para não haver audiência. Logicamente, chegamos à concordância.

Deste acordo resultou que os órgãos sociais terminam a época para não ter qualquer perturbação na época da azeitona. Em março, como está nos estatutos, apresentam as contas, como é habitual e apresentam a demissão. Para dia 17 de maio ficaram convocadas as eleições para os órgãos sociais da cooperativa.”

Na base desta ação em tribunal estão alegadas representações de votante ilegal, que apresentou 59 ao todo.

36 votos separaram a lista A, vencedora, da B, que ficou em segundo lugar.

Para Hélder Fernandes, tratou-se de uma forma de conseguir a vitória de uma forma ilegítima.

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“A lista A teve representações que não são válidas.

Se assim não fosse, teríamos ganho as eleições.

Essas ilegalidades baseiam-se  em representações que não são feitas de acordo com a lei. Se assim fosse, elas têm que ser reconhecidas presencialmente, e assim não foi.

No entanto, algumas representações que são bem feitas, reconhecidas na presença das pessoas. Mas na esmagadora maioria delas não foi assim que aconteceu.

Acho cerca de 50 representações não cumpriram a lei, muitas feitas no dia das eleições.

Um processo complicado, que originou uma tentativa da parte da lista A, claramente, de arranjar o maior número de representações para tentar ganhar as eleições de uma forma não de acordo com os estatutos, coisa veio a acontecer.”

Hélder Fernandes, também presidente da Associação de Beneficiários de Macedo de Cavaleiros, não sabe se concorre ao cargo em maio, mas diz não ter dúvidas que o atual presidente, Luís Rodrigues, ou alguém que mantenha a linha de gestão existente será candidato, gestão essa que considera não beneficiar os sócios.

Contactado, Luís Rodrigues não quis prestar declarações gravadas. No entanto, explicou que a direção “não foi tida nem achada neste caso”, e que apenas chegaram a um acordo por sugestão dos advogados que acompanharam o caso. Diz Luís Rodrigues que “quem não deve, não teme”, e que por isso não temiam que a questão chegasse a julgamento.

O presidente há mais de 15 anos, não garante que seja candidato, e afirma que neste momento a direção está focada em fazer uma boa campanha de azeitona, que ainda está a decorrer.

Escrito por ONDA LIVRE