No primeiro fim de semana de 2015 houve música em Macedo de Cavaleiros.
Sábado, na Igreja Santa Maria, num registo mais clássico, com um Concerto de Ano Novo, que fez uma viagem pela tempo e pela Europa.
Rui Pedro Pinheiro, presidente da Associação Reanimarte, que esteve envolvida na organização deste concerto, explica mais sobre ele.
“Este concerto foi dividido em três secções organizadas geograficamente.
Começamos com peças compostas em Portugal, depois passamos para a França e terminámos com peças compostas na Alemanha, organizadas por ordem a primeira a ser composta foi a primeira a ser executada e assim sucessivamente dentro de cada região.
Portanto em França começámos com as peças do século XVII e terminámos com peças do século XIX.
A Reanimarte tem sempre como objetivo chegar a toda a população através de várias iniciativas que visem os vários tipos de música que geralmente não são os mais executados aqui na nossa região.”
Um concerto que contou com a execução de dois jovens macedenses. Rui Pedro Pinheiro, estudante de música, e António Malta Gomes, ao violino, aluno da ESPROARTE.
Já ontem, domingo, no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros cantaram-se os Reis. Uma tradição que se mantém viva, pelo décimo terceiro ano. Desta vez, foram 14 os grupos de associações culturais e recreativas a dar voz à iniciativa do município. O grupo de dança Hopper’z abriu o certame, com músicas alusivas à quadra.
Duarte Moreno, presidente da câmara, afirma que há a preocupação de não deixar a tradição morrer.
“O município preocupa-se em não deixar morrer as tradições. Já vamos na XIII edição de encontro de cantar de Reis.
Temos novas formas de cantar os Reis, que vamos assistir brevemente. São 14 grupos, um deles uma forma de demonstrarmos que estamos abertos a novas ideias para esta iniciativa.
O que nos importa é juntar as pessoas, estarmos unidos e começarmos um ano com a união e a junção dessas pessoas e do concelho de Macedo de Cavaleiros, para nos conhecermos melhor.”
O autarca garante que um pouco por todo o concelho, ainda há grupos a cantar os Reis, e relembra os tempos em que também ele emprestava a voz às janeiras.
“Quando era jovem, também cantava os Reis.
Fui escuteiro, e nessa altura tínhamos a tradição de sairmos todos os anos à rua para cantarmos os Reis, e recolher fundos para a associação agrupamento 602, que ainda hoje existe. Era uma atividade muito engraçada, porque eram 15 dias em que estávamos na rua à noite, e, como éramos muitos jovens, não tínhamos frio. Nada do que acontece agora, não há tanto frio mas o calor humano aquece-nos.”
O primeiro fim de semana em Macedo de Cavaleiros feito de música e do reviver de tradições.
Escrito por ONDA LIVRE