Descobertas ossadas da época medieval em Mirandela

Foram descobertas ossadas humanas  nas obras de um edifício na rua da república em Mirandela. Segundo os investigadores no local, poderá tratar-se de um antigo cemitério, da época medieval.

De acordo com José Gomes, o arqueólogo responsável pelos trabalhos, até ao momento foram descobertos sete esqueletos inteiros, um número que poderá aumentar com o decorrer da investigação.

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“Tudo indica uma necrópole medieval, dado o número de enterramentos e  o posicionamento dos corpos.

Até agora, foram encontrados 7 esqueletos inteiros, mas pode haver muitos mais.

Agora temos que escavar tudo, até a rocha,  não posso dizer quantos mais possam estar ali, mas tudo indica que ainda vão ser bastantes.

Não havia conhecimento, nem registo de nenhum cemitério aqui. Já se tinha ouvido falar mas não há nada documentado.”

A descoberta insólita e inesperada aconteceu já no início de Dezembro, quando se iniciaram as sondagens arqueológicas necessárias, já que o edifício em obras está situado numa zona histórica, nomeadamente na zona de protecção da Ponte Velha.

Os trabalhos alargaram-se para escavação, após terem sido encontrados os primeiros três enterramentos.

No local está neste momento uma equipa constituída por um arqueólogo, uma antropóloga e dois técnicos.

É a eles que cabe fazer os estudos iniciais, que estão sob a alçada da direcção-geral do património cultural.

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“Tem de ser tudo escavado até a rocha. Tudo que aparece é registado, consoante o que nos é pedido pela entidade reguladora.

Os corpos agora vão ser estudados. A maior informação tira-se aqui em campo, depois os ossos vêem para a câmara municipal. Caso alguém queira fazer estudos aprofundados, ficam a disposição para o fazer.

Se deste nível (de escavação) para baixo não aparecer nada, será só retirar a terra, e é um processo rápido. Este é um trabalho minucioso, porque estão a aparecer muitos enterramentos.”

Junto aos corpos foram também encontrados outros objectos, como moedas, que poderão ajudar a datar a necrópole.

* Crédito fotográfico de Ricardo Vasques, que gentilmente cedeu as imagens.

Informação CIR (Rádio Brigantia)