Incentivos para fixar médicos no interior podem ajudar a resolver a falta de profissionais

Os incentivos anunciados pelo governo para fixar médicos no Interior do País podem ajudar a resolver o problema da falta de médicos no distrito de Bragança. Esta é pelo menos a convicção do presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste.

António Marçôa confessa que é difícil atrair clínicos para a região e dá mesmo o exemplo que das 111 vagas abertas nos últimos anos foram preenchidas apenas 15.

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“Nós abrimos em 9 concursos para vagas de carenciados para 111 vagas preenchemos apenas 15 e dessas 15 já saíram 3, ou seja, só temos 12 médicos que vieram com essas vagas, isso dá um pouco a ideia da dificuldade que nós temos em preencher os nossos quadros, qualquer medida que incentive a fixação dos médicos cá para nós é extremamente útil.”

De acordo com a portaria publicada ontem pelo governo os médicos vão receber ajudas de custos equivalentes ao número de quilómetros que tenham que se deslocar para trabalhar. Para o presidente da ULS do Nordeste este é o primeiro passo para resolver o problema da falta de médicos na região.

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“Uma das questões que nós temos levantado é precisamente o tratamento igual, quando digo igual é em termos remuneratórios ao nível da função publica, seja os médicos do interior, seja do litoral e nesse caso preferem sempre ficar no litoral com condições semelhantes excepto aqueles que são de cá. Penso que finalmente nós vemos medidas que discriminam positivamente o interior, a grande questão aqui é que fixando os médicos também fixamos a população, as pessoas sentem-se apoiadas e nós temos várias valências com carência de médicos.”

E são várias as especialidades com carência de profissionais no Nordeste Transmontano.

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“Vamos começar pela medicina geral familiar, estrategicamente é importante para nós renovar o quadro, depois passando para a especialidade hospitalares logo à cabeça a ginecologia obstetrícia. Depois há várias especialidades hospitalares anestesiologia porque temos 3 pontos com cirurgia que faz imensa falta, gastroenterologia não temos nenhum medico do  quadro a trabalhar connosco de gastro, ortopedia seria também necessário entrar 2 cirurgiões para termos mais uma equipa de ortopedia, oftalmologia são todas especialidades que temos uma procura muito grande devido ás características da nossa própria população.”

Numa altura em que a ULS do Nordeste tem abertas 14 vagas para médicos surgem as primeiras medidas para incentivar os clínicos a trabalhar no interior do País.

Informação CIR (Rádio Brigantia)