O Parque de Campismo da Maravilha, em Mirandela, vai passar a ser explorado pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mirandela.
Esta intenção da autarquia mirandelense foi dada a conhecer, esta segunda-feira, na reunião quinzenal do executivo, e que prevê a celebração de um protocolo entre o Município e os Bombeiros, cujo teor ainda se desconhece, mas que implicará a cedência de utilização e de exploração do Parque de Campismo à associação humanitária.
António Branco, presidente da câmara, explica que esta mudança fica a dever-se às restrições de contratação impostas aos municípios. Por exemplo, a existência de nadadores-salvadores, e outras restrições legais, que levam o presidente do município a dizer que “neste momento os bombeiros têm maior capacidade de resposta nesse âmbito”.
Apesar do parque de campismo ser propriedade do Município, a sua gestão esteve entregue, durante cerca de 30 anos. ao Clube de Campismo e Caravanismo de Mirandela. No final de 2013, passou para a gestão municipal, que implementou um processo de reestruturação interna devido aos problemas financeiros existentes.
15 meses depois, a autarquia decide entregar a exploração e a gestão aos bombeiros voluntários e ao mesmo tempo estabelecer um protocolo com o clube de campismo e caravanismo de compensação por equipamentos e benfeitorias no parque.
António Branco revela ainda que o protocolo será de dois anos, período em que o equipamento vai ter novos investimentos para a sua sustentabilidade.
A oposição, apesar de ainda não conhecer o teor do protocolo, coloca muitas reservas nesta medida sobretudo sobre os critérios que presidiram a esta escolha. Alexandre Pacheco, vice-presidente da concelhia do PS, que diz faltar saber quais os critérios utilizados nesta escolha. Sandra Grilo, presidente da concelhia do CDS/PP, pergunta sem, afinal, uma infraestrutura dá lucro ou prejuízo, se houve, ou não, um concurso para decidir este protocolo e se os atuais trabalhadores do parque de campismo estou ou não afetos à câmara municipal.
Recorde-se que, aquela associação humanitária, também passou a explorar, desde Julho de 2014, um posto de combustíveis.
Informação CIR (Rádio Terra Quente)