A Unidade Local de Saúde do Nordeste integra um projecto da Fundação Gulbenkian para reduzir as infeções hospitalares, tendo sido escolhida entre mais de 30 candidaturas. As infeções associadas a cuidados de saúde têm uma taxa elevada de prevalência a nível nacional e as unidades hospitalares do distrito de Bragança não fogem à regra.
A coordenadora do Grupo Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infecção e Resistência aos Antimicrobianos, Cristina Nunes, acredita que este projecto vai permitir implementar medidas que na prática vão baixar as taxas de infecção na região nos próximos três anos. Este projeto, explica Cristina Nunes, “vai permitir a criação de linhas de financiamento para a redução das infeções dos cuidados de saúde”. Na ULS tem uma elevada taxa de infeções a nível de cateteres venosos e algaliações, com “taxas sobreponíveis à média nacional e em alguns casos superior”, que se espera que com mais recursos humanos, formação e algumas alterações estruturais se possam diminuir.
Na região a idade avançada dos utentes também pode estar na origem da taxa elevada de infeções, diz ainda Cristina Nunes. Mas não só. Pessoas mais jovem hoje em dia fazem terapêuticas que deprimem o seu sistema imunitário. Por isso, é um problema que se associa à idade e à morbilidade, mas não só.
Nos próximos três anos a ULS do Nordeste acredita que vai diminuir para metade a taxa de prevalência de infecções hospitalares, graças ao projecto da Fundação Gulbenkian que financia medidas nesta área.
Informação CIR (Rádio Brigantia)