Um habitante de Mirandela está indignado com a operadora que fornece o gás para a sua habitação por lhe ter apresentado várias faturas, nos últimos meses, com valores de consumo muito superiores aos que constam no contador.
José Maria Sequeira revela que o valor acumulado do consumo de gás, em Fevereiro, era de menos 400 metros cúbicos do que aquele que já tinha sido faturado em Dezembro
“O que aconteceu é que de fato a leitura do contador não condiz com os números mencionados na fatura existe uma diferença pelo menos de 400 e tal metros cúbicos e já no mês de Dezembro havia um número superior aquele que apareceu depois no mês de Janeiro e Fevereiro. No mês de dezembro 3026, no mês de Janeiro 2782 e no mês de fevereiro 2802, portanto no mês de dezembro apresentou uns números superiores aqueles que tinha em janeiro e fevereiro.”
Outra situação denunciada por este habitante de Mirandela tem a ver com o aumento do valor da fatura mensal, quando, curiosamente, o consumo era menor
“Por exemplo em dezembro 2805 metros, paguei 28. Em janeiro 46 já paguei 20 e tal, em fevereiro 19 metros cúbicos paguei 22 e tal, portanto paguei mais com consumo inferior do que o mês de janeiro logo há aqui umas irregularidades enormes nos preços.”
José Sequeira foi à delegação da empresa de gás, em Mirandela, mas não lhe foi dada qualquer resposta. Efetuou uma reclamação para a sede da empresa, por carta registada com aviso de receção, mas até agora ainda não obteve resposta.
Pediu apoio à DECO que já analisou a situação e aceitou abrir um processo de mediação por considerar que, de facto, existem irregularidades nas faturas. André Regueiro, jurista da Associação Portuguesa para a defesa do consumidor, diz que agora há duas hipóteses de resolver esta situação
“Ou reclama a fatura e nesse caso a fatura ficará suspensa até que haja uma análise e a correção da fatura porque neste caso é evidente, ou efetuou o pagamento e paralelamente efetua a reclamação exigindo o acerto do valor que consta da fatura na fatura seguinte. No caso concreto infelizmente as diversas reclamações quer telefónicas, quer até uma já por escrito do consumidor não foram ainda objeto de resposta razão pela qual a DECO irá iniciar um processo de mediação, ou seja, contatar a entidade através dos meios próprios e exigir a correção da faturação consequente no caso evidente de devolação dos valores pagos por excesso.”
A DECO já apresentou uma reclamação junto da operadora de gás a exigir a correcção das faturas e a devolução dos valores pagos em excesso.
Informação CIR (Rádio Terra Quente)