Árvores tombadas, casas danificadas e prejuízos agrícolas. Foi um rasto de destruição deixado na aldeia do Lombo, Macedo de Cavaleiros, pela trovoada da madrugada de sexta-feira, acompanhada de granizo.
Além das janelas das casas, o olival e a vinha foram outras das vítimas da intempérie, de que não parece haver memória de nada semelhante, conta Armindo Cepeda, presidente da Junta de Freguesia.
“O maior prejuízo foi derivado à pedra. Caiu pedra de grande tamanho.
Os estragos foram em hortas, vinha e olival, e algumas casas. Pessoas com casas viradas a poente ficaram com os estores das janelas danificados.
Ouvi pessoas de bastante idade a falar, e ninguém se lembra de coisa igual.”
Nos olivais, prevêem-se quebras de mais de 50% e na vinha de 100%, além das perdas nas culturas da época. Previsões que só serão confirmadas após a visita de técnico da Direção Regional de Agricultura de Pescas do Norte.
“A nível de olival, talvez perdas entre 50 a 60%, e em algumas vinhas pode ter sido total, na ordem dos 100%. E também hortas, que estavam agora na força da produção, com o feijão e o melão, onde ficou tudo danificado.
Já falámos com a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte para que enviem técnicos ao local.”
Mas esta não foi a única aldeia do concelho a ser afetada. Também Peredo se viu a braços com a força da natureza. Nesta aldeia houve telhados arrancados, e que voaram mais de 200 metros, segundo o relato do presidente da Junta de Freguesia, José Ramalho.
“De quinta para sexta começou a tempestade por volta da meia-noite. Aquilo foi um inferno. Painéis de telhados que pesam quilos, o vento levou tudo mais de 200 metros pelo ar. Foram afetadas duas casas e um palheiro que tinha uma cobertura idêntica.
Não há lembranças disto, a não ser um ano no São Pedro em que a pedra danificou carros e outras coisas.”
Na agricultura, também a vinha e o olival foram os mais atingidos. José Ramalho diz agora que vão solicitar também a presença de técnicos da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte para tentar solicitar ajuda para os agricultores.
“Na agricultura, os danos são os que estão à vista. Nas oliveiras, a azeitona caiu toda com a tempestade. Nas vinhas, foi tudo pelos ares, ficaram vindimadas, já não há hipótese. Vamos agora tentar falar com a Direção Regional para ver o que se pode fazer quanto a estes prejuízos, se podem ajudar os agricultores.
A nível agrícola, os prejuízos podem andar à volta dos 30 a 40 mil euros. Nas casas, há que pôr telha nova, por isso os prejuízos podem estar nos 20 a 25 mil.”
Os estragos que ficaram depois da queda de granizo e da forte trovoada que se abateu sobre a região entra a meia-noite e a uma da manhã de sexta-feira.
Escrito por ONDA LIVRE