O Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros recebeu mais créditos horários para o ano letivo que começa a 21 desde mês. Estes são incentivos atribuídos desde 2012 pelo Ministério da Educação e Ciência “como instrumento de apoio e incentivo, integrado num conjunto de medidas dedicadas a incrementar a qualidade do ensino, designadamente no que se refere à definição de orientações estratégicas adequadas, a uma boa gestão pedagógica e a uma correta utilização dos recursos”, lê-se no comunicado do Governo. Este ano, um terço das escolas e agrupamento, ou seja, 274 instituições, vão receber estes créditos.
Na prática, para a escola de Macedo de Cavaleiros, o “prémio” traduz-se em mais 10 horas com que vão poder reforçar a carga curricular semanal nas disciplinas onde os alunos apresentam mais dificuldades. Este ano, a distinção veio depois de ser feita a aferição entre os resultados internos e os externos, ou seja, significa isto que a avaliação feita pelos professores condiz com as notas alcançadas nas provas de avaliação nacionais. Estas horas “extra” vão permitir à escola oferecer aos alunos mais horários de apoio escolar, diz Paulo Dias, diretor do Agrupamento.
“Estas horas, maioritariamente, vão ser empregues em apoios educativos. Já existe um conjunto de apoios, que já vão sair com os horários dos alunos. Permitem oferecer uma quantidade e qualidade de apoios, que, sem estes créditos, não seria possível.”
Não é a primeira vez que o Agrupamento recebe uma distinção do género. No ano passado, veio por boa gestão de recursos. Há outros pontos passíveis de serem premiados, como a evolução dos resultados escolares, o sucesso escolar dos alunos e a redução de abandono escolar, ou do risco. Alguns itens que em Macedo de Cavaleiros seriam difíceis de aplicar, e Paulo Dias explica porquê.
“As escolas obtêm também quando conseguem uma grande redução do abandono escolar. Isso para nós, neste momento, é impossível, porque já quase não temos. Também são atribuídos quando há uma melhoria dos resultados, porque já temos obtidos resultados bastante elevados e satisfatórios.”
No distrito de Bragança, também as escolas de Mirandela e de Freixo de Espada à Cinta vão ser contempladas.
Mas, à porta de mais um ano escolar, há questões a preocupar o diretor do Agrupamento. Neste momento, afirma Paulo Dias, faziam falta, pelo menos, mais 10 pessoas no corpo não-docente. Um problema que já vem de alguns anos, apesar de se ter conseguido remediar até aqui.
“Estamos com um problema gravíssimo por falta de pessoal não-docente. Estamos com muita falta destes assistentes operacionais. Estamos a tentar resolver o problema junto da administração. Vamos ver se conseguimos resolver antes do arranque do ano letivo.
Neste momento eram precisas mais 10 pessoas. Todos os anos, isto é motivo de preocupação, e é sempre muito complicado conseguir suprir essa falta. No ano passado contámos com o apoio da Associação de Pais, o que deu a possibilidade de recrutar 12 pessoas no IEFP. Este ano não houve essa possibilidade. Naturalmente que estamos muito agradecidos pelo ano anterior, mas este ano estamos com o mesmo problema. Tenho estado em contacto permanente com a Direção Geral de Estacionamentos Escolares a tentar resolver esta questão.”
Paulo Dias acredita que a via para a resolução do problema, a ser atendido, será a contratação de pessoal através de programas ocupacionais do IEFP.
Escrito por ONDA LIVRE