A Cooperativa Soutos os Cavaleiros pondera avançar para a transformação de castanha.
A congelação do fruto seco é o método mais comum, mas não é o que Domingos Barreira, presidente da direção, tem em mente.
“Em Portugal não há outro tipo de consumo instituído. Na Itália e noutros países Europeus, a farinha de castanha e a castanha pilada são muito comuns. Temos alguns contatos mais por parte, por exemplo, da Câmara de comércio Luso-Alemã que queriam experimentar iniciar com 8 tonelas de castanha pilada, nós não temos ainda estrutura para fazer isso.
Seria forma de aproveitarmos alguns calibres que temos dificuldade em vender, eventualmente os mais pequenos que têm de ser vendidos mais barato, e isso constrange um pouco a média se vendermos bem as outras.
As A e B já é mais complicado em algumas gramagens e isso seria uma mais valia para nós.
Depois de garantir esta sustentabilidade, a nossa garantia é crescer nesse sentido que é o da transformação, principalmente em seco e nas farinhas.”
E Domingos Barreira garante que, com uma estratégia de marketing mais aguerrida, o mercado nacional é “tão apetecível quanto outro qualquer”.
“Temos uma marca pouco ou nada conhecida, não vendemos a nossa castanha rotulada, vendemos por grosso, um saquinho ou outro nas feiras.
Temos de ter também uma estratégia de marketing mais apurada e uma criação de marca mais desenvolvida. A partir daí, o mercado nacional é tão apetecível quanto outro.
Ouvimos os nossos políticos sempre dizer que somos um país pequeno mas isso é porque eles não saem do gabinete deles e ao chegarem ao Marquês de Pombal pensam que já estão no estrangeiro. Ainda não somos assim tão pequenos pois, se fossemos, os estrangeiros não vinham para cá vender coisas.”
Outro objetivo é gerar postos de trabalho.
“É óbvio que isso vai criar empregos permanentes. Temos apenas 2 funcionários mas sazonalmente temos várias pessoas pois esta é a época em que temos mais trabalho. A nossa garantia de sustentabilidade vai nesse sentido, ganhá-la para podermos garantir pelo menos 3 ou 4 empregos permanentes e depois os restantes sazonais.
Essa transformação, que não é típica de Portugal, é a nossa perspetiva futura.”
A cooperativa e organização de produtores Soutos os Cavaleiros pode expandir-se para a área da transformação de castanha.
Escrito por ONDA LIVRE