A exploração de Ferro em Torre de Moncorvo recebeu parecer favorável condicionado por parte do ministério do ambiente.
O estudo de impacte ambiental do projecto de exploração mineira da MTI – Ferro de Moncorvo, S.A. foi assim aprovado pela Agência Portuguesa do Ambiente, que impôs no entanto condições que têm de ser cumpridas ao longo da execução do projecto.
De acordo com Carlos Guerra, consultor ambiental da empresa interessada em explorar as 4 jazidas de minério de ferro na Serra do Reboredo, esta Declaração de Impacte Ambiental vai ao encontro das preocupações vertidas pela MTI no estudo apresentado:
“A empresa que promove o estudo do impacto ambiental sobre um determinado projeto promove também um conjunto de questões, ate mesmo em relação às questões ambientais que vão ultrapassar. O parecer é favorável mas condicionado ao cumprimento de todas estas questões ou outras que, eventualmente venham, neste caso concreto as Minas de Moncorvo. Na generalidade, as questões que nos foram colocadas foram questões que a própria empresa tinha assumido como fundamentais na monitorização ambiental.
Consideramos que é uma declaração de impacte ambiental muito interessante e que nos vai permitir que, mais rapidamente, avancemos para a fase seguinte de onde constam o licenciamento e o inicio de trabalhos.”
A partir desta decisão o promotor tem 10 dias úteis para apresentar eventuais alegações ao conteúdo da decisão, no entanto Carlos Guerra adiantou que a empresa não vai fazer uso deste recurso. Espera-se agora que a empresa avance com os trabalhos no primeiro trimestre do próximo ano:
“A expectativa da empresa é iniciar no principio do ano, não em janeiro pois uma das condições que foi colocada é a de não poder haver trabalhos iniciados nesse mês, mas esperamos que em fevereiro seja possível dar inicio aos primeiros. O que se gostaria e estava previsto era o começo dos trabalhos no primeiro trimeste de 2016.”
A produção deverá iniciar-se dois anos após o licenciamento da exploração da mina.
O projecto da MTI Ferro de Moncorvo, empresa que em 2011 ganhou a concessão de exploração por 60 anos, prevê a criação de 110 postos de trabalho, que poderão passar para 540 ao oitavo ano de laboração. O investimento, nos primeiros 5 anos, deverá atingir os 100 milhões de euros.
Informação CIR (Rádio Brigantia)


