José Coutinho, ex-professor de História, é agora o novo presidente da direção da Casa do Professor de Macedo de Cavaleiros.
Há cerca de 15 anos, José Coutinho já tinha presidido à associação, e agora aceitou o convite para voltar a desempenhar as funções por mais 3 anos
“Presidi à Casa do Professor durante dois mandatos quando tínhamos instalações no bairro São Francisco.
Agora surgiu outra vez a necessidade de alguém tomar conta disto para que a casa mantenha a sua atividade e a sua dinâmica cada vez maior, até porque instalações agora são diferentes e têm essas potencialidades. Puseram-me o desafio, eu aceitei e cá estamos para trabalhar.”
A Casa do Professor tem actualmente 230 sócios, e, considera José Coutinho, é um local de oportunidades.
“A importância é sobretudo aquela que eles quiserem ter. Isto é, uma casa destas proporciona espaços e oportunidades que as pessoas depois podem aceitar, agarrar, ou não.
Alguns convivem e são visitas assíduas desta casa, vêm cá muitas vezes e tem, de facto, muito contato com a casa, outros têm menos e gostaríamos que tivessem muitos porque a casa quantas mais pessoas e sócios tiverem a conviver e a participar nas atividades, mais se sente realizada nas suas funções e objetivos.
Eu sei que a disponibilidade de tempo muitas vezes é difícil porque as pessoas têm as suas atividades, casas e famílias, mas esperamos em outras atividades atrair o maior número possível de sócios.”
José Coutinho começou a lecionar em 1974, e fala de tempos muito diferentes comparados com os dias de hoje.
“Os tempos são muito diferentes. Para já, o ensino não era obrigatório e portanto só ia estudar quem tinha interesse em estudar. Hoje o ensino é obrigatório e, portanto, vão os que querem estudar, os que não querem e os que estão lá obrigados porque senão não iriam. São situações muito diferentes e que criam perturbações na escola muito diferentes. Hoje em dia, a as atividades dos professores são muito difíceis porque têm de conviver com os interessados em conviver, com aqueles que estão interessados em aprender e tirar um curso, os que querem passar e aproveitar o tempo na escola e com aqueles que estão na escola porque não têm outra alternativa, são obrigados a ir e estão lá muitas vezes contrariados. É difícil motivá-los e despertar interesses que os levem a colaborar e a sentirem-se úteis na escola.”
O resto da direção mantém-se em grande maioria, e esse, aliás, foi um pedido de José Coutinho para aceitar o cargo, dado que considera que o trabalho desempenhado até agora tem sido “louvável”.
A primeira atividade da nova direção é amanhã, com “O Anúncio”, uma representação feita pelo segundo ano e que vai narrar, nas ruas da cidade, o percurso de Maria e José desde a Anunciação até ao nascimento de Jesus, a partir das 20.30h.
Outras atividades consolidadas da associação também vão manter-se, como o Prof Maio, e os atelier e workshops ao longo do ano.
Escrito por ONDA LIVRE

 
 
