Município questionado sobre o mau estado de conservação de edifício no Azibo

A época balnear em Macedo de Cavaleiros abriu oficialmente dia 1 de julho, à semelhança de anos anteriores.

De modo a oferecer melhores condições aos banhistas, a Câmara Municipal procedeu a trabalhos de reparação, para, depois de um inverno particularmente rigoroso, tudo regresse à normalidade. Foram colocadas 12 toneladas de areia na Praia da Ribeira e na Praia da Fraga da Pegada. Há pinturas novas em vedações e nos sanitários. Os passadiços para pessoas de mobilidade reduzida foram mudados, por material que emite menos calor. Há ainda numa novidade na Praia da Ribeira – um painel informativo da radiação ultravioleta e guarda-sóis e insufláveis, numa zona nova criada

De resto, na última assembleia municipal, a época balnear já tinha sido falada, por outros motivos.

O deputado João Rocha, do PS, questionou Duarte Moreno acerca do mau estado de conservação de uma infraestrutura, concessionada a privados, mas que neste momento está sem serventia, situada na Praia da Fraga da Pegada.

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“Um local aprazível, como é o Azibo, com as suas praias e paisagens, todos os anos galardoadas com os mais diversos prémios,  custa-me bastante passar por aquelas infraestruturas e ver ao nível de degradação a que chegam. Toda a qualidade não passa da teoria. Porque, quando vamos à prática, constatamos que não é assim.

Só para exemplificar, temos um edifício usado para o setor da restauração, na Praia da Fraga da Pegada, que está, de há uma série de anos a esta parte, degradado, e sem manutenção, o que não é certamente um bom cartão de visita para as nossas praias.

Gostaria de questionar o senhor presidente sobre relativamente a que parte tem a obrigatoriedade da manutenção do espaço, porque neste momento é uma questão de segurança. Temos a esplanada com tábuas despregas e com pregos à solta.”

O presidente do município começou por dizer que nenhum dos prémios atribuídos às praias fluviais é fruto do acaso.

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“Relativamente à época balnear, dizer-vos que isto não é sorte. A sorte não existe, a não ser que trabalhemos para ela. E nós trabalhámos para o efeito, para termos as 12 Bandeiras Azuis na Praia da Fraga da Pegada, as 7 na Praia da Ribeira, para conquistarmos o prémio Praia + Acessível, o grau ouro na água.

Dizer nesta plateia que aquilo está uma vergonha, parece-me demasiado. Não se pode esquecer que este inverno foi muito longo, e, estamos a preparar tudo para que os veraneantes que vêm ao nosso espaço possam usufruir dele, que é uma pérola ainda por explorar.”

Já sobre a questão propriamente dita, Duarte Moreno garante que a responsabilidade é de quem detém a concessão.

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“As pequenas reparações são da responsabilidade do concessionário. As reparações são do cargo do explorador, que tem que fazer a manutenção.

Tem também grandes reparações a fazer. Por exemplo, chove lá dentro. Estamos a fazer uma candidatura para tentar fazer algo daquele espaço.”

Até que o atual dono faça alguma coisa pela infraestrutura, o edifício, junto à estrada que atravessa a área protegida do Azibo, ficará sem qualquer tipo de intervenção.

Escrito por ONDA LIVRE