A população de Vale das Fontes, em Vinhais, está contra a instalação da fábrica do bagaço e do azeite, um investimento que deverá rondar os dois milhões de euros e criar 12 postos de trabalho.
Segundo o presidente da junta de freguesia local, Carlos Caseiro, que não quis prestar declarações gravadas, a população teme os efeitos da poluição causada por este tipo de indústria assim como as consequências negativas para o turismo de natureza, um dos fortes daquela região situada junto ao rio Tuela.
Posição contrária tem a autarquia de Vinhais. Para Américo Pereira, presidente do município, a captação de investimento e a criação de novos postos de trabalho devem ser uma prioridade.
“Vejo com bons olhos a instalação e a captação de investimento nas nossas regiões, desde que sejam respeitadas todas as regras ambientais.
Recordo-me, por exemplo, que uma das maiores empresas da região, a que pertence o aterro sanitário que está hoje no Cachão, esteve primeiramente planeado para ficar situado, algures, entre Vinhais e Bragança. Devido a uma posição não esclarecida dos autarcas da altura, acabou por não acontecer.
Hoje, tem 300 postos de trabalho.
De maneira que não devemos fazer demagogia sobre aquilo que é sério.”
Entretanto, houve uma sessão de esclarecimento à população na sede da junta de freguesia e a realização de um abaixo-assinado, que conta já com 211 assinaturas, contra a instalação desta unidade industrial.
Para quinta-feira está prevista nova sessão de esclarecimento, desta feita, com a presença de representantes da associação ambientalista Quercus.
Informação CIR (Rádio Brigantia)