Greve dos enfermeiros com adesão de 77% na ULS do Nordeste

A greve dos enfermeiros teve uma adesão de 77% na Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSN), composta pelos hospitais de Mirandela, Macedo e Bragança.

Em Macedo de Cavaleiros só cerca de 28% dos profissionais compareceram ao serviço entre a 8h da manhã de ontem e as 16h do dia de hoje.

Números confirmados por Elisabete Barreia, Dirigente Sindical do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que diz ser a prova da insatisfação dos profissionais.

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“A adesão na ULS Nordeste reflete, em média, os números que se verificaram no país, 77%.

Este valor indica que, realmente, os enfermeiros estão insatisfeitos. Sabemos que dois dias de greve têm algum peso a nível do salário mas é, claramente, uma mostra que fazemos ao governo de que estamos insatisfeitos com as condições em que a enfermagem está.”

Uma greve de dois dias, onde as principais reivindicações são o pagamento das horas extraordinárias e a reposição das 35 horas de trabalho a todos os enfermeiros, refere a dirigente sindical.

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“Existem vários motivos pelos quais voltamos a estar em luta, mas a questão mais importante prende-se com a reposição integral do valor das horas extraordinárias que está a ser pago com valores muito abaixo do correto. Às vezes chegam mesmo a ser pagas a 1,5 €.

Pedimos também a aplicação das 35 horas a todos os enfermeiros contratados porque apenas os enfermeiros da função pública viram o horário restabelecido, enquanto que aqueles que têm contrato de trabalho continuam a trabalhar 40 horas.

Queremos também a admissão de mais enfermeiros para suprir as necessidades dos serviços, o que não tem acontecido, e pedimos ainda o progresso nas carreiras.”

Elisabete Barreira diz ainda que admissão de mais enfermeiros poderia solucionar alguns dos problemas que atualmente enfrentam.

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“Há ainda alguns serviços que precisam de mais enfermeiros, caso contrário não estaríamos a pagar horas extraordinárias nem a atingir horas absurdas e a dever turnos.

Por isso, é importante que admitam mais profissionais e colmatem as falhas.”

A nível nacional a greve teve uma adesão entre os 72% e 75%.

Escrito por ONDA LIVRE