Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram hoje uma greve por tempo indeterminado.
Em Bragança e Vila Real, a adesão oscila entre os 70 e os 80%.
Os motivos desta greve são a falta de regulamentação, no que toca às carreiras e às remunerações, a juntar ao desemprego.
Alexandra Costa, dirigente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, actualizou ao final desta manhã os primeiros números desta paralisação.
“Em Vila Real, prevê-se uma adesão de 70%.
Em Macedo de Cavaleiros, temos uma adesão um bocado maior. Análises Clínicas – 90%, Raio X – 100%, Fisioterapia – 90%, o que nos dará uma adesão à roda dos 80%. Atendendo que 20% estarão em serviços mínimos, a adesão é muito boa.
Em Bragança e Mirandela, a adesão ronda também os 80%. Ainda não temos dados por classe profissional. Mas, os dados que nos chegaram até agora apontam para os 80%.”
São 22 profissões abrangidas por esta greve, que promete afetar todo o Serviço Nacional de Saúde. Áreas como as análises clínicas, exames complementares ou a fisioterapia são abarcadas por esta greve.
A elevada adesão não surpreende Alexandra Costa.
“Após 16 anos de luta, de promessas incumpridas por parte de sucessivos governos, esperávamos esta a participação de todos os colegas.
Esta greve é por tempo inderteminado. Sucessivos governos reconheceram que a carreira está complemente desatualizada, desde 1999.
Na última legislatura, conseguimos começar a negociar, mas não terminámos o clasulado. Durante este ano, com este novo governo, assumiram perante estes profissionais que iriam continuar as negociações do ponto em que ficaram na última legislatura.”
Mas, no dia 11 deste mês, a dirigente sindical diz que receberam a informação por parte do governo de que o processo iria voltar à estaca zero, pois seria necessário iniciar um novo.
O resultado foi a convocatória para uma greve nacional, por tempo indeterminado. Ficam só assegurados os casos prioritários, como a oncologia.
Escrito por ONDA LIVRE