História do “Capitão do quadrado” retratada em livro

A importância de ter travado a tentativa de golpe de Estado de 25 de Novembro de 1975 não está ainda a ser suficientemente valorizada.

A constatação é do próprio General Ramalho Eanes, que no sábado passado esteve em Torre de Moncorvo, na apresentação da biografia do General Alípio Tomé Pinto, que teve um papel decisivo nos acontecimentos do 25 de Novembro de 1975, em que o grupo de militares chefiado por Ramalho Eanes, travou a tentativa de revolta levada a cabo pelas forças políticas radicais.

Ramalho Eanes fez questão de frisar que foram os acontecimentos do 25 de Novembro que levaram à consolidação da democracia em Portugal.

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“Importa ver aquele momento, aquela ação, que permitiu que as promessas do 25 de Abril fossem respeitadas. E perceber que o 25 de Abril e o 25 de Novembro são dois momentos que se conjugam para que hoje tenhamos este país. A tolerância política de que hoje usufruímos, o desenvolvimento qu,e apesar de tudo, se verificou, e, acima de tudo, a liberdade democrática que hoje se tem.”

Já o General Alípio Tomé Pinto, natural de Maçores, no concelho de Torre de Moncorvo, lamenta que os acontecimentos do 25 de Novembro “tenham sido esmagados pelos acontecimentos do 25 de Abril”.

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“Já o disse, e outras pessoas o têm dito, que o 25 de Abril não seria comemorado se não tivesse havido um 25 de Novembro. Como o 25 de Novembro não se justificaria se não tivesse havido um 25 de Abril.

Não há aqui a ideia de que a História continua. E não há ninguém dono da História. A História são os países que a vão fazendo, e os seus cidadãos. E por aqui (Portugal) há quem julgue que é dono do 25 de Abril, e o 25 de Novembro ficou um bocado esmagado e esquecido. Lamento que assim seja, porque este acontecimento estudado vê-se que, ao fim ao cabo, concretizou alguns objetivos do 25 de Abril que estavam postos em causa.”

Declarações à margem da apresentação da obra  “Tenente General Alípio Tomé Pinto-O capitão do Quadrado”, da autoria de Sarah Adamoupoulos e Alípio Tomé Pinto e que retracta a vida do moncorvense, desde os tempos que passou em Trás-os-Montes, passando pelas três comissões de serviço em Angola e na Guiné,  ao seu papel nos acontecimentos do 25 de Novembro de 1975, entre outros episódios menos conhecidos do Tenente General”.

Foto:http://3.bp.blogspot.com/_C_vH3gMVKK0/TS-EW8txchI/AAAAAAAABtw/mNr5bJbE5qw/s320/tom%25C3%25A9+pinto.bmp

Informação CIR (Rádio Brigantia)