O governo abriu esta semana um concurso para a contratação de mais 20 vigilantes da natureza em todo o país, um número que a Quercus e a Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza consideram insuficiente.
Em toda a região Norte são abertas apenas duas vagas, para o parque natural do Douro Internacional.
Neste parque, o segundo com maior área do país, há actualmente apenas 2 vigilantes e tendo durante alguns anos sido 4, número que será agora reposto.
Ainda assim, para o coordenador distrital de Bragança do sindicato da Função Pública e membro da associação portuguesa de guardas e vigilantes da natureza, João Carlos Rodrigues, este número é uma gota de água no oceano.
O também o vigilante do parque natural de Montesinho há mais de 20 anos, refere que nesta área protegida também há carências, sendo que aqui não haverá contratação de vigilantes neste concurso. A redução do número de vigilantes da natureza e o aumento das tarefas que lhe são atribuídas são razões apontadas para uma degradação e abandono das áreas protegidas.
A abertura deste concurso significa o ingresso de 20 vigilantes da natureza, no entanto, o Orçamento do Estado para 2017 previa a contratação de pelo menos 50 profissionais desta área. A Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza tem dúvidas de que o governo possa ainda este ano abrir outro concurso para estes profissionais, mantendo-se em muitos parques as necessidades actuais. A entidade, em conjunto com a Quercus, já pediu ao Governo que clarifique a situação e cumpra com o prometido, ou seja, a contratação de 50 Vigilantes de Natureza.