Ano recorde em Podence, no Entrudo Chocalheiro. Balanço final – 20 mil pessoas em quatro dias.
Um ano que superou todas as expectativas, ao duplicar em relação a 2016, e que deixa mais responsabilidade.
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Choveu, sim, mas os Caretos não andaram sozinhos pelas ruas da aldeia de Podence. Os números finais são “um feito que deixa mais responsabilidade para continuar, porque de ano a ano está a crescer , confessa António Carneiro, presidente da Associação Grupo dos Caretos de Podence, que diz ainda que há dificuldades “na parte logística para receber tanta gente, a nível, por exemplo, de parques para estacionar”. Este ano o município macedense deu uma ajuda, sendo “um parceiro importante para que o Entrudo Chocalheiro seja mais forte no futuro”.
Os Caretos fizeram as delícias de quem por ali passou. E deixam, até, um apelo: “Mais Caretos deviam aderir. Podence é uma terra de Caretos, e há bastantes fatos que deviam por cá fora”.
Quem vem ver a festa, promete voltar. E volta quem é de fora, e os filhos da terra que estão noutros países. António Carneiro conta que este ano mais emigrantes vieram a Podence – “Vieram reviver aquilo que viviam há 20 ou 30 anos, mas agora de uma forma diferente.”
E estes Caretos são de toda a região, considera Duarte Moreno, presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros: “É a coisa mais autêntica que temos. Não são só de Podence, são de Trás-os-Montes. Por isso, devemos mostrá-la a toda a gente e continuar a trabalhar.
20 mil pessoas em 2017 neste Entrudo Chocalheiro, que decorreu de 25 a 28 de fevereiro.
Depois da inscrição no Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial de Portugal a 15 de fevereiro, no final de março vai ser submetida a candidatura a Património Imaterial da Humanidade da UNESCO. Uma festa que promete continuar genuína e diferenciada.
Escrito por ONDA LIVRE