O problema da idade avançada dos médicos de família actualmente a trabalhar nos centros de saúde em Trás-os-Montes e no Alentejo pode num período de oito a dez anos constituir “um colapso gravíssimo” no sistema de saúde destas zonas do país. Declarações do bastonário da ordem dos médicos, por Miguel Guimarães, ontem em Bragança, avançadas à margem da cerimónia de Tomada de Posse dos novos Órgãos eleitos para a Sub-Região de Bragança da Ordem dos Médicos. “Vamos fazer as contas à idade média dos médicos que cá trabalham, do hiato que existe entre esses e os mais jovem, e o que vai acontecer nas idades das reformas” porque é “emergente que o Ministério da Saúde faça alguma coisa”, diz Miguel Guimarães, que informa que “60% dos médicos destas unidades têm mais de 60 anos, o que significa que muitos vão atingir a idade da reforma ao mesmo tempo”.
Além deste problema, foram também apontadas como insuficientes as medidas de incentivo à fixação de médicos no interior e a carência de profissionais de saúde em várias especialidades no Nordeste Transmontano. Outro dos inconvenientes apontados pelo presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, António Araújo, é a dificuldade de acesso a cuidados de saúde de algumas populações mais isoladas da região.
Problemas que os representantes da ordem dos médicos esperam que o Estado resolva, numa altura em que salientaram ainda as boas condições de infra-estruturas existentes nos hospitais da ULS Nordeste.
Informação CIR (Rádio Brigantia)