Começou hoje a II Feira da Agricultura de Trás-os-Montes, em Macedo de Cavaleiros.
O certame que é o complemento de uma lacuna que existia no setor, considera o autarca local, Duarte Moreno.
“É uma lacuna que existia no setor agrícola.
Somos uma região agrícola, e não existia nenhuma feira que desse aos agricultores a possibilidade de ver e complementar as suas maquinarias, e fazerem concursos com o que produzem.
É isso que estamos a proporcionar a todos os agricultores de Trás-os-Montes, que possam vir a Macedo de Cavaleiros ver as novidades a nível da agricultura.”
Sem números concretos sobre os investidores neste momento no concelho, Duarte Moreno revela, por outro lado, que tem aumentado a procura de terrenos agrícolas por parte de jovens.
“Indicadores, não tenho. Mas tenho para apontar a procura clara de terrenos para novas culturas, que estão no mercado e são financiáveis. E há muita procura de jovens. Como Câmara Municipal somos facilitadores, para tentar ajudá-los encontrar o que procuram para que façam as suas produções.
Por isso pensamos que, brevemente, tenhamos alguns instalados, com novas produções, aqui no concelho.”
Entre os expositores está Rúben Rosário, precisamente um jovem a comprovar esta tendência. É de Santulhão, concelho de Vimioso, e resolveu apostar no setor. Para trás ficou uma vida dedicada à informática. Agora, produz cogumelos com o irmão.
“Uma pessoa está sempre melhor na terra onde nasceu.
No meu caso, o que me motivou a sair da cidade, foi o facto de, como informático, passar nove dias em frente a um computador. Estava farto daquilo. O meu irmão estava com ideias de se meter neste negócio dos cogumelos, porque estava desemprego. E criámos a empresa, exclusivamente para produção de cogumelos shitake, que são oriundos do Japão.”
Também Helena Chéu, a representar a Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros e o Piaget Alimentar numa prova orientada de azeite transmontano, fala de um número crescente de jovens a entrar no ramo.
“Cada vez mais a procura e o interesse no setor do azeite é por parte dos jovens, que já têm conhecimento do produto.
É interessante, porque até nas escolas já temos um projeto, chamado ‘O azeite vai à escola’, as crianças já nos conseguem dizer que o azeite é amargo, frutado e picante.”
Declarações à margem da II Feira da Agricultura de Trás-os-Montes, que decorre até domingo, em Macedo de Cavaleiros.
Escrito por ONDA LIVRE