Dia do Município atribuiu 7 medalhas a personalidades e instituições

Ontem, Dia do Município em Macedo de Cavaleiros, que serviu para homenagear instituições e personalidades do concelho.

Uma forma, na opinião de Duarte Moreno, o presidente do município, de elevar o trabalho de quem trabalha dentro e fora do concelho.

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Resilientes são os que ficam na região, e os que querem voltar. O nosso território é feito de muita mais gente do que aquela que vive atualmente por aqui. Essas pessoas foram à procura de melhor vida, e quando podem regressam à sua terra. O que pretendemos com estas pequenas homenagens é mostrar que temos gente da terra que faz muito pelo país e pelo concelho. É um simbolismo que o Dia do Município deve ter, e são exemplos para os jovens para os jovens da nossa terra.

Com a medalha de mérito municipal, foram agraciados este ano o cantor Roberto Leal, natural da aldeia de Vale da Porca, na área do Desporto, Cultura e Artes, que não esteve presente por motivos profissionais, mas que fez chegar uma mensagem de agradecimento. No Empreendedorismo e Atividades Económicas, Jorge Pereira, empresário do concelho. Na Ação Social e Associativismo, o Agrupamento de Escuteiros 602. Na atividade Académica e Cientifica a professora Fernanda Ledesma.

E como personalidade que se destacou em diversas causas relevantes para a comunidade, o médico Artur de Araújo, atualmente diretor do Serviço de Oncologia do Hospital Pedro Hispano, e com um rasto currículo na área da medicina, que considera que na região a saúde está melhor, mas há demasiado transporte de doentes entre hospitais, o que se poderia resolver centralizando os serviços.

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O nordeste transmontano está com uma organização que fui eu o iniciar em Portugal, as Unidades Locais de Saúde.

Acho que neste aspeto a região está melhor, os cuidados estão a centralizar no doente,mas tem um problema. Há muito transporte entre hospitais. Era melhor ter um bom hospital, mais centralizado, do que ter três, cada um polifacetado, e os doentes é que têm de se deslocar. Cada vez mais, na saúde, é a saúde que se aproxima do doente, e não os doentes a serem obrigados a deslocarem-se para procurar a saúde. E aqui, ainda não acontece isso. Haver três hospitais dispersos não é o melhor. Era melhor haver um bom e mais centralizado.

Já as medalhas de honra do município, escolhidas pela câmara, foram atribuídas à Congregação dos Marianos da Imaculada Conceição de Balsamão e às Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, responsáveis também pelo colégio Ultramarino Nossa Senhora da Paz, em Chacim. Teresa Fernandes, Superiora-Geral desta instituição, transmite que, neste momento, e devido aos acontecimentos recentes em torno do colégio, paira um clima de preocupação sobre o futuro.

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As Irmãs analisaram comigo há poucos comigo esse aspeto, e realmente estamos preocupados, porque não há crianças. Mesmo que tenhamos o apoio do Estado, não temos crianças, porque nos limitaram o espaço. Se autorizassem que as crianças de Macedo de Cavaleiros fossem para Chacim, então tínhamos crianças suficientes.

O colégio foi sempre gratuito. Os alunos ali não pagavam nada, Tínhamos o subsídio do Estado, e o resto é o trabalho das Irmãs.

Hoje, se o subsídio do Estado falha, os pais nesta zona também não têm (vejam as aldeias, como estão) essa possibilidade de pagar.

Temos apelado ao Estado, não temos dormido. Temos insistido, em correspondência, para trás e para diante, mas neste momento, e até meados de agosto, não temos nada certo.

Este colégio que poderia, nos mais recentes acordos assinados com o Governo, receber apoios estatais para duas turmas, valor de 80.500 euros por cada uma, de 5º e outra de 7º ano. Faltam crianças para o 3º ciclo. Sem dinheiro, não se poderá fazer milagres.

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Poderá acontecer que o colégio vá morrendo lentamente. Não podemos fazer milagres.

O ano letivo pode vir a ser complicado para nós, na medida em que estamos ao serviço de um povo, e agora não podemos estar. Era uma mais-valia na educação. Temos recebido ali crianças com várias lacunas, no espaço da educação, e até psicologicamente. Tem feito um trabalho excelente aquele grupo de professores.

Os acordos de associação, a vigorar por três anos letivos, apenas contemplam alunos das freguesias de Chacim, onde está o colégio, Peredo, Olmos e Lombo. Destas 4 aldeias resultam 4 inscrições, o que se mostra manifestamente insuficiente para formar uma turma. Seguem as tentativas de negociação com o Governo central. Até agosto fica a incerteza.

Declarações à margem das comemorações do Dia do Município, inseridas na programação do São Pedro 2017.

E até ao momento, a 3 noites do final, já 30 mil pessoas terão passado pelo Parque Municipal de Exposições, afiança o autarca local, Duarte Moreno, onde só o padroeiro não tem ajudado.

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O São Pedro 2017 está a correr bem, exceto o padroeiro, que se está a portar menos bem.

De qualquer forma, temos sempre, não digo casa cheia, mas uma casa boa.

Até hoje (quinta-feira) posso dizer que já entraram, sensivelmente, 30 mil pessoas no certame. Não são os números que nós queríamos, mas poderemos atingir aquilo que era a nossa perspetiva nestas últimas noites.

Esperemos que o São Pedro nos traga calor para estes dias, para que as pessoas possam sair e divertir-se. Porque o melhor está agora para chegar.

O melhor ainda está por vir, diz o presidente da câmara de Macedo, onde até sábado decorre o São Pedro 2017. Esta noite com Expensive Soul, e amanhã a fechar com Mickael Carreira.

Escrito por ONDA LIVRE