Está desde hoje de manhã aberto o ano letivo 2017/2018 para todos os ciclos de estudos do Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros.
Este ano, o Ministério da Educação oferece todos os livros ao 1º Ciclo, ao invés do ano passado em que assegurava apenas os manuais das principais disciplinas ao 1º ano e os restantes eram oferecidos pelo município.
Uma ajuda que atinge cerca de 360 alunos em Macedo de Cavaleiros, e que os pais confessam ser importante para a economia familiar.
“Para mim pessoalmente sim, porque como tenho outra filha também no 7º ano e é uma ajuda serem gratuitos. Até podia ser alargado ao 2º ciclo também.
É uma boa ajuda para todas as famílias. E para aquelas que são mais carenciadas carenciadas será um excelente apoio e incentivo para que os alunos possam começar, neste caso no 1º ciclo, uma vida de escola e uma vida de estudo. “
Os mais pequenos, por sua vez, mostram-se ansiosos com o início das aulas, o para muitos acontecer pela primeira vez. E são eles mesmos a deixar a promessa de um ano de muito estudo.
“Chamo-me Marco. Ando no 2º ano. Começo hoje as aulas. Estou contente. Já conhecia os meninos da minha sala, já somos amigos. Este ano vou estudar para ter boas notas.
Chamo-me Alexandre. Vou aprender muito este ano. Estou ansioso para ver os livros. Ainda não conhecia os meninos da minha sala. Eu na escola gosto de brincar e estar com os amigos mas de aprender também.”
Quanto às ajudas do estado e do município na aquisição dos manuais, Paulo Dias, diretor do Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros considera importantes na medida que o dinheiro poupado às famílias possa representar melhores condições de vida às crianças e jovens.
“Eu espero que represente uma ajuda para a educação na medida em que o investimento que os pais deixam de fazer na aquisição dos manuais possa ser usado em uma boa alimentação, bons cuidados médicos e um melhor acompanhamento que possa ser prestados aos alunos.
Eu penso que é, acima de tudo, um bom incentivo ao sucesso escolar e um excelente apoio às famílias mais carenciadas, porque, efetivamente, há muitas famílias que necessitam de apoio.”
O diretor falou ainda na necessidade de fazer obras no Polo 3, onde funcionam as turmas do 7º ao 12º ano.
Melhorias que já fazem falta há algum tempo.
“Sim, já há uns anos. Recordo que a nossa escola entrou na quarta fase da Parque Escolar. Tinha um projeto de remodelação que, na altura, orçava quase 16 milhões de euros, não é preciso tanto dinheiro para remodelar a escola, para ela ficar funcional, mas há que pensar que ela tem 35 anos de uso e que não são só paredes, são canalizações, eletricidade, são os esgotos, é a impermeabilização, e, portanto, há um conjunto muitíssimo alargado de obras que é necessário fazer na escola sede, a antiga secundária (Pólo 3) porque na antiga EB 2/3 conseguimos, ainda nos moldes anteriores, fazer a impermeabilização dos terraços, o arranjo das paredes exteriores, remodelar as redes informáticas, eletricidade. Poderá ser necessário um novo aquecimento, caixilharias, mas não é precisa uma intervenção tão ampla como na antiga escola secundária. Aí é mesmo urgente.”
Por lá esteve também o presidente do município macedense, Duarte Moreno, que este ano não foi entregar os manuais ao primeiro ciclo, como aconteceu nos três anteriores, mas sim os livros de fichas de estudo que continuam a ser financiados pela autarquia, representando um investimento de 20 mil euros.
Questionado sobre a falta de obras no edifício do Polo 3, Duarte Moreno diz que a candidatura foi submetida e aceite, porém, aguardam agora a assinatura do protocolo pela secretaria de estado.
“Estão previstas algumas obras num montante de meio milhão de euros, tem a ver com a eficiência mais energética, portanto, consta dessas duas situações num montante de meio milhão de euros.
Falta-nos o protocolo assinado pela secretaria de estado, a candidatura está aprovada, mas condicionada a esse mesmo protocolo, isto porque nós temos que ter autorização para podermos entrar num espaço que não é da Câmara Municipal. Sem esse protocolo não podemos entrar e, sem ele, também a candidatura não poderá continuar. Não temos previsão da data pois falta o protocolo e arranjar uma data concreta para podermos efetuar as obras sem prejudicar o normal funcionamento da escola que tem à volta de 800 ou 900 alunos.”
As aulas de Educação Física vão acontecer em lugares provisórios até à conclusão da restruturação do Pavilhão Municipal que começaram este mês. Para o efeito, segundo avançou ainda o presidente da câmara, estão disponíveis as duas naves do Parque Municipal de Exposições, foi estabelecido um protocolo com o Instituto Jean Piaget para utilização de espaço no campus e ainda as instalações do Estádio Municipal.
Escrito por ONDA LIVRE