Terminar com o abandono das terras é um dos objetivos do projeto “Bolsa Nacional de Terras” que desde 2013 tenta transformar baldios em terrenos cultivados.
Norberto Correia, ponto focal do projeto, diz ser também uma forma de prevenir incêndios florestais.
“Grande parte das situações decorreram também de abandono das áreas florestais, das áreas agrícolas ou seja, a não existência de população ou de recursos que utilizem regularmente a terra. Vai-se enchendo de mato, o nosso clima mediterrânico contribui efetivamente para que o mato cresça de uma forma significativa e nós temos que encontrar uma solução. Sabemos que há sempre uma maior desertificação das zonas rurais, o envelhecimento da população, isso são dados demográficos que são perfeitamente conhecidos por todos. Temos que tentar reunir outras medidas de política no sentido de contrariar estas dificuldades e contrariar o abandono permitirá mais produção, mais riqueza local e evitar tragédias como as que ocorreram este ano.”
A nível nacional já foram reunidos cerca de 17 mil hectares e 206 fazem parte do distrito de Bragança. Terrenos que podem ser alugados ou vendidos, dependendo da preferência do proprietário.
“O proprietário pode apenas cedê-las, arrendando-as, no sentido de fazer crescer o projeto da bolsa para que ganhe dimensão mas também se chegar à conclusão que pretende vender a terra, a bolsa nacional sendo também uma plataforma que está na internet pode dar um apoio no sentido de aumentar o número de interessados levando a um valor mais interessante recebendo assim uma receita maior. É um contributo direto mas pode também ser feito por permuta e podem ser feitas outras cedências de outra natureza. O fundamental é que quem decide o que faz é apenas o proprietário. A bolsa de terras existe para facilitar, no sentido de ajudar a região a ter mais condições de produção.”
Quem quiser pertencer ao projeto pode fazê-lo através das associações com quem a “Bolsa Nacional de Terras” tem parceria que no caso do concelho de Macedo de Cavaleiros pode fazê-lo com a Associação de Beneficiários.
Escrito por ONDA LIVRE