Cooperativa Soutos os Cavaleiros vai apostar na transformação de frutos secos

 

A Cooperativa Soutos os Cavaleiros em Macedo vai mesmo iniciar a aposta na transformação de frutos secos. Uma pretensão que já tinha sido avançada em 2015 mas que até à data não tinha novos desenvolvimentos.

A garantia foi deixada quinta-feira por André Vaz, vice-presidente da cooperativa, durante o seminário “Oportunidades e Desafios no setor dos frutos secos” que aconteceu em Macedo, onde avançou ainda que esperam pela aprovação de uma candidatada no âmbito do PDR 2020 para ajudar a adquirir máquinas e material de apoio à transformação.

E a transformação de castanha em farinha é uma das inovações para o futuro, considera o vice-presidente da Soutos os Cavaleiros.

E neste momento estamos naquela fase de viragem, viragem porque vamos deixar de limitar-nos à comercialização e vamos começar apostar na transformação. 

A nossa ideia neste momento é dotarmos a cooperativa de condições para que esse valor acrescentado fique na região. Vai resultar além da venda de outros produtos em fresco, na criação de novos produtos e comercialização de novos produtos, nomeadamente a farinha de castanha, que é um produto que tem muita apetência nos mercados tanto Nacional como Internacional, por ser um substituto da maior parte das farinhas sem glúten. Além da farinha de castanha, vamos comercializar também castanha pilada, miolo de noz e miolo de amêndoa, bem como as respetivas farinhas.

 

Outra grande inovação a par da transformação dos frutos será também a utilização das cascas, muitas vezes consideradas como não tendo utilidade, mas que são cada vez mais usadas nos biocombustíveis e no aquecimento.

Em articulação com esta transformação destes produtos temos também os subprodutos que vêm destas transformações, nomeadamente as cascas, que cada vez mais têm apetência para os mercados dos biocombustíveis ou para os sistemas de aquecimento das casas  e das grandes indústrias transformadoras. 

Vamos tentar gerar o máximo de valor possível para sócios através da transformação do fruto e os subprodutos que geralmente são considerados desperdício vamos também tentar valorizá-los, para tentar financiar ainda mais novos investimentos no setor. 

Desde a sua criação que a Cooperativa exporta grande parte da sua produção para o Mercado Intracomunitário, mais precisamente para Itália que recebe cerca de 90% dos produtos fabricados.

 

Escrito por ONDA LIVRE