(Brevemente a reportagem em vídeo)
A aldeia de São Pedro Velho, no concelho de Mirandela, promoveu durante o fim-de-semana mais uma edição da Feira do Vinho e do Morango.
Um certame que acontece há 10 anos naquela localidade e que prima pela qualidade do produto, dizem os expositores.
“Este ano a feira está a correr bem. Dos 150 kg de morango que tinha hoje, já vendi tudo.
Eu acho que a qualidade este ano é superior, há mais açúcar porque o inverno foi mais húmido.
O balanço é positivo também porque a cereja está atrasada e, mesmo a produção espanhola de morango, nossa principal concorrente, está fraca o que leva a que o nosso saia com muita força.
Pelo que as pessoas vão dizendo, o morango de São Pedro Velho é o melhor do mundo.
A caixa custa 5 euros pois para dar continuidade a este evento, que é bom para a aldeia, continuamos a manter os preços. Está a correr bem, o nosso stand dignifica bem aquilo que somos. A produção foi um pouco menor mas a qualidade é boa, e esse é o nosso objetivo.”
Entre os 62 expositores que marcaram presença este ano, também o vinho foi rei da festa.
Manuel Andrade é viticultor e destaca a importância deste tipo de eventos para a região e para a projeção dos produtos locais.
“Estas feiras são importantes, não só para São Pedro Velho, como para todas as outras aldeias e para o desenvolvimento da região.
Tenho aqui vinhos desde o tinto ao branco, reservas, DOCs, ou seja, um pouco de tudo que tem qualidade.
A produção de vinho do ano passado foi boa mas teria sido melhor se tivesse chovido um pouco mais.
Vou continuar a marcar presença nesta feira, sempre o fiz e é bom para, mais tarde, adquirir clientes e mais conhecimentos do produto no mercado.”
Uma feira que tem crescido ao longo das edições o que obrigou a que este ano o espaço fosse alargado, refere o presidente da junta, Carlos Pires.
“Rumam até aqui milhares de pessoas, há cada vez mais gente, mais vendas, mais expositores. A novidade este ano foi o alargamento do espaço, uma vez que já era demasiado pequeno para acolher os milhares de pessoas que temos tido vamos continuar a ter.
Além da feira, este ano fizemos também uma homenagem aos soldados desta freguesia que participaram na 1ª Guerra Mundial visto que se celebra o centenário do fim desse confronto.
O balanço é extremamente positivo pois, financeiramente, é muito bom para os nossos expositores.”
Para Júlia Rodrigues, autarca Mirandelense, este género de feiras são importantes para dinamizar o mundo rural, e no caso concreto do morango, o impacto tem sido grande.
“É uma forma de os nossos emigrantes e as pessoas que gostam da nossa terra celebrarem connosco e festejarem estas feiras que se vão realizando ao longo de todo o ano em todo o concelho, e que trazem bastante dinamismo ao mundo rural.
Mas, na verdade, aquela que mais diferenciação e projecção tem tido ao longo dos anos nos mercados é, sem dúvida, esta de São Pedro Velho. Depois temos outros produtos com impacto muito grande no mundo rural como o queijo, o vinho, o azeite mas, de facto, o morango é já uma marca de São Pedro Velho.”
Estima-se que tenham sido vendidos entre 6 a 8 mil quilos de morango durante os dois dias do certame, que se realizou pelo 10º ano em São Pedro Velho, Mirandela, uma aldeia com tradição na plantação e comercialização do fruto.
Escrito por ONDA LIVRE