Queimas e queimadas: nova linha de apoio dá-lhe a autorização necessária

O Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) desenvolveu uma nova aplicação informática que permite pedir a autorização necessária para a realização de queimadas extensivas e avaliação de queima de amontoados. O mecanismo pretende assim simplificar e facilitar o acesso aos pedidos e respectivas respostas.

De acordo com Rui Almeida, do ICNF, a necessidade de criar a aplicação surgiu porque as queimadas são uma das principais causas de incêndios no território sendo necessário simplificar o sistema. Agora são três passos para ter autorização para fazer queimas ou queimadas:

“Primeiro é necessário identificar o tipo de ação, se é queima ou queimada e a data em que queremos realizar. 

O segundo passo é identificar o local e por último é necessário aguardar que o sistema comunique com a pessoa via SMS e e-mail, onde dará a indicação se pode ou não prosseguir. 
No caso das queimas de amontoados, o sistema dá logo a indicação se tem ou não condições de realizar. Nas queimadas, este processo obriga a que as Câmaras dêem uma autorização. É um processo que está instituído na lei e aquilo que agora tentamos fazer é facilitar a comunicação entre os cidadãos e as Câmaras, para onde nós encaminhamos diretamente os pedidos.”

Com base num conjunto de informação como a perigosidade, a meteorologia e o número de incêndios dos últimos dias, o sistema gera uma reposta que identifica as condições de risco para o dia solicitado e informa depois os seus utilizadores por SMS e por email.

“No fundo é uma aplicação informática que consulta a meteorologia e a informação histórica das ocorrências que a Proteção Civil vai criando ao longo dos dias, e assume também a perigosidade. Só neste momento é que nos foi possível conjugar toda esta informação. Agora, é possível que através da aplicação avaliem se têm ou não condições para realizar estas ações.”

O responsável do ICNF admite que muitas das pessoas que realizam estas práticas agrícolas e florestais não têm acesso a email e aplicações em telemóveis, e por isso explica que foi criada também uma linha telefónica de apoio:

“O que fizemos foi também criar um apoio telefónico através de um número (808 200 520), tem o custo de uma chamada local, ligada à linha SOS Ambiente e Território e funciona das 8h00 às 21h00. Aí está um conjunto de pessoas que pode prestar apoio se houver alguma dúvida na realização da queima e podem também realizar o registo. Se uma pessoa tem dificuldade ou não tem acesso à internet, através deste número conseguem ajudar e fazer esse registo.”

A aplicação desenvolvida em colaboração com a GNR foi lançada este mês e ainda pode ser utilizada até dia 30, sendo as queimas e queimadas proibidas a partir dessa data e até 30 de Setembro, no chamado período crítico de incêndios.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)