Pai apresenta queixa-crime no MP contra professor em Macedo de Cavaleiros

O pai de um aluno do 1º ciclo do Pólo 2 de Macedo de Cavaleiros apresentou uma queixa no Ministério Público, e na própria escola, contra um professor por suspeitas de este ter exercido atos de violência contra o seu filho.

Este encarregado de Educação não quis prestar declarações mas, ao que apuramos, este não terá sido caso único. Conseguimos chegar à fala com outro encarregado, que diz estar a par da situação e acusa a escola de estar a abafar o caso:

“Pelos visto esta situação aconteceu durante todo o ano. O professor de TIC ameaçava, insultava e batia nas crianças, tendo-o inclusive feito com barras de ferro que, pelos vistos, ainda estão na sala de aula.

Não sei o porquê desta violência mas, pelo que ouvi dizer, o referido professor não gosta de dar aulas aqui em Macedo. Se não gosta que vá embora e deixe de massacrar as crianças. 

Esta situação só foi descoberta recentemente porque um aluno teve de contar aos pais depois de ir para casa com hematomas.

Esses pais já apresentaram queixa e, todos nós, encarregados, quando tivermos conhecimento do que se passou ao certo, visto que isto está a ser abafado pela escola, tomaremos as devidas providências contra o professor.

Já tentei contatar a escola e foi-me dito que  estavam em averiguações e quando tivessem algo sobre o processo nos informariam.”

Além das agressões, o mesmo encarregado de educação acusa o professor de coagir os próprios alunos a praticar atos de violência:

“Aconteceu uma situação em que o professor se fechou na sala com as crianças e incentivou, à base de ameaças, a bater em um dos alunos. Depois disso, bateu-lhe ele com uma barra de ferro nas costas. Foi ai que a criança ficou marcada e os pais tiveram de descobrir o porquê.”

Contactado, o Diretor do Agrupamento, Paulo Dias, não quis prestar declarações gravadas mas avançou que foi instaurado um inquérito no dia em que a queixa contra o professor foi apresentada e que, neste momento, estão a ser feitas as devidas averiguações. Disse ainda que, sobre esta situação, apenas foi contactado por um encarregado de educação, o mesmo que apresentou a queixa, não tendo, até à data, recebido qualquer reclamação por parte dos restantes.

Escrito por ONDA LIVRE