(Brevemente a reportagem em vídeo na ONDA LIVRE TV)
Chegou ao fim a 35ª edição da Feira de São Pedro em Macedo de Cavaleiros.
Este ano, o certame teve um cunho diferente e contou com apenas cinco dias.
Um novo método que vai agora ser analisado consoante a opinião dos envolvidos, explica Rui Fernandes, presidente da Associação Comercial e Industrial de Macedo, entidade organizadora da feira:
“Todas as decisões são sempre passíveis de serem boas ou más. O modelo de oito dias, que era executado há 34 anos, este ano foi mudado e reduzido para cinco. Mas é sempre discutível. Há pessoas que queriam continuar na mesma porque assim teríamos dois fins-de-semana. Por sua vez, há quem diga que é melhor assim porque dá menos despesa aos expositores e torna-se menos cansativo para os locais. Estamos a fazer um questionário a expositores e visitantes para perceber o feedback. Mas o compromisso da Associação Comercial e da Câmara Municipal é fazer o melhor para a localidade.”
Para Benjamim Rodrigues, autarca macedense, a feira termina com um balanço positivo.
Quanto ao dinheiro investido pela câmara, que foi a financiadora do certame, Benjamim Rodrigues confessa que o investimento ascendeu aos 80 mil euros previstos:
“Os 80 mil foram na altura apontados como valor base, mas o investimento ascendeu essa valor num montante de cerca de 10 mil euros a mais.
O esforço financeiro feito pela autarquia é relativo. Claro que todo o dinheiro que pudermos poupar é sempre positivo. É óbvio que estamos a fazer um esforço grande para que conseguirmos compensar o desequilíbrio orçamental, no entanto, há sempre gastos que não podemos deixar de fazer e este é um deles, e menos que isto é impossível.
A feira correu bem, o balanço é muito positivo. Penso que, apesar de tudo, conseguimos fazer uma feira interessante, com muita adesão, muitos visitantes e sem grandes gastos, que é aquilo que pretendemos.”
Do lado dos expositores, as opiniões dividem-se.
Há quem tenha tido sorte no negócio mas há também quem considere que este ano o certame foi “mais fraco”.
“Ramo imobiliário rústico: Já é o 8º ano consecutivo que participo. Em relação ao negócio foi razoável, para mim até foi dos melhores anos. Mas a feira penso que está mais fraca, menos expositores e apercebi-me de alguns que fazem feiras comigo e a esta edição não vieram. Sim, é uma feira para voltar.
Equipamento hoteleiro, energias renováveis: Já vimos cá há cerca de 4 anos. Há menos gente que nos anos anteriores mas penso que até está a correr bem.
Licores e compotas artesanais: É a primeira vez que venho a esta feira. O negócio foi muito singelo. Podia ter sido melhor. Houve pouca gente. Talvez ainda tentemos vir no próximo ano.
Doces tradicionais: Viemos este ano pela primeira vez, da zona de Penafiel. Estamos a gostar mas o negócio está fraco. Ainda assim, o tempo não ajuda. Para o ano não sei se vimos, mas vamos ponderar.
Fumeiro: Não nos podemos lamentar mas não está como dos outros anos. Há muita quebra, nada a ver como era antes.”
A animação esteve presente nas primeiras quatro noites de feira e na tarde de domingo. A pisar o palco estiveram vários artistas entre eles Raquel Tavares, Bezegol e Matias Damásio, este último que teve de terminar a atuação mais cedo devido à chuva que chegou em força na noite de sábado.
Escrito por ONDA LIVRE