Foi um ano difícil para a produção da batata com uma descida entre 25% a 50%. A quebra de produção está relacionada sobretudo com as alterações climáticas. O país está longe de ser auto-suficiente nesta cultura, uma vez que consome o dobro do que produz.
António Gomes, da Associação da Batata de Portugal destaca que o problema reside nas condições meteorológicas, não favoráveis.
“Foi um ano difícil para a batata, as condições atmosféricas foram diversas e muito contraditórias em relação aos outros anos, e tivemos algumas quebras na produtividade entre os 25 e os 30%, mas em alguns casos a quebra foi superior, e chegou a rondar os 50%.”
Para além da quebra de produção, também preocupa o engenheiro, a praga da batata da Guatemala, que afectou já 33 municípios da Galiza.
“Desde há vários meses que temos vindo a alertar o Ministério da Agricultura para esse facto, tendo surgido já um plano de contenção da própria praga, um plano oficial de monitorização da mesma.É uma traça, que é bastante complicada e que tem grande desenvolvimento. Está a dar muitas dores de cabeça aos nosso vizinhos da Galiza.”
O mercado deste produto tem evoluído nos últimos anos, segundo António Gomes.
“É um mercado que tem vindo a evoluir muito nos últimos anos. Enquanto que há uma década atrás, o mercado era muito forte, nos últimos anos, cada vez mais, a grande distribuição tem vindo a crescer. Por outro lado, a transformação da batata está a evoluir bastante. O crescimento no consumo da batata, tem também a ver com isso.”
O povo português consome mais de 900 mil toneladas, produz apenas 500 mil e ainda exporta 100 mil toneladas.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)